O que você faz quando atinge o ápice criativo, do sucesso, reconhecimento, etc? Geralmente o que vem é uma baita de uma ressaca produtiva, aquela má vontade ferrada com o showbizz e o declínio. A maquininha de moer carne do pop não é lá muito surpreendente. Com o Primal Scream, que já tem quase 30 anos de carreira (bom lembrar, o primeiro disco é de 87), não foi diferente: após o auge de “XTRMNTR”, uma das obras chave dessa virada de século, vieram as sobras em “Evil Heat”, o country-rock safado de “Riot City Blues” e a maçaroca de “Beautiful Future”, todos com seus bons momentos, porém fracos no geral.
E era necessária uma resposta decente para o fiasco de “BF”, o pior trabalho da história da banda. 5 anos de vida depois, “More Light” é a resposta mais do que eficiente. Trata-se de um puta disco de rock psicodélico, não soando como as referências dos anos 60, mas moderno, pesado, com tremenda variações de timbres, harmonias e com punch, muito punch. A banda não voltou para “XTRMNTR”, mas produziu uma versão turbinada de “Screamadelica” no século XXI. Leia crítica completa em nosso parceiro Movin’Up.