Crítica: Melancolia marca a estreia de Soledad, novidade da cena cearense

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É com um tom melancólico que Soledad, novo nome da cena musical cearense, chega em seu disco de estreia. Palavra em espanhol para “solidão”, o álbum é marcado por esse sentimento, que é embalado por psicodelia, blues e romantismo brega.

Com letras de conterrâneos como Daniel Groove e Vitor Colares, ela contou ainda com a colaboração de Fernando Catatau, incluindo aí o hit “Jardim Suspenso”, melhor faixa do disco. Quem também participa é o compositor e músico Gui Amabis, que guiou a produção do álbum. A cantora considera o álbum um projeto musical feminino e feminista e mostra um ponto de vista de alguém que já milita há anos no movimento.

O clima soturno do disco, no entanto, não é algo derrotista. A cada audição se percebe um tom revigorante na voz e arranjos de Soledad, que soam como um desejo de reconstrução, renovação. Curtinho, com apenas 30 minutos, esse álbum é um dos mais interessantes discos de estreia deste ano.

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Soledad
[EAEO, 2017]
Produção de Gui Amabis, Vitor Colares, Bruno Rafael, Guilherme Mendonça e Felipe Lima.

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