Crítica: Garbage | Not Your Kind Of People

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Banda retorna disposta a recuperar o carisma que tinha nos anos 90

A banda Garbage, encabeçada pela beldade indie Shirley Manson, foi uma das bandas mais representativas do rock comercial dos anos 1990. Tinha um apelo sexy irresistível, com uma vocalista carismática (pero abusada) e conseguiu hits em todos os seus cinco álbuns. Agora, eles retornam com Not Your Kind Of People, o primeiro disco de inéditas desde 2005. O triste é que parecem ter perdido o bom momento em que viviam.

Sem esse timing, o trabalho parece deslocado, como se os fãs ardorosos tivessem migrado para outras heroínas indies igualmente irresistíveis. Não que Shirley Manson tenha perdido seu carisma, mas ela está longe de sua melhor fase. Produzido pela própria banda, o disco até tem boas ideias, como o flerte com a eletrônica, mas é a nostalgia que mais favorece o Garbage. Algumas faixas, como “Blood For Poppies”, de refrão grudento e “Battle In Me”, lançada como single.

De resto, temos um amontoado de músicas sem muita unidade, distante da boa fase. Ainda que seja o trabalho mais fraco do grupo até hoje, Not Your Kind Of People mostra que o Garbage está interessado em retomar o prestígio que acumulou nos anos 1990. A turnê iniciada após o lançamento do disco indica que eles chegaram com sede de trabalho e não apenas arriscar um comeback em busca de grana. [FA]

220px Garbage Not Your Kind of PeopleGARBAGE
Not Your Kind Of People
[Stunvolume, 2012]

Nota: 6,0

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