Busca Implacável 3 falha na execução e mostra estagnação da série
O ator irlandês Liam Neeson está há anos confortável em seu papel de justiceiro durão e praticamente imbatível, um tipo bem comum no cinema de ação, mas que ganha com Neeson uma versão mais fofinha. Nesta terceira produção da franquia Bryan Mills, ex-agente da CIA, foi acusado injustamente de ter matado a ex-mulher. Agora ele precisa fugir da polícia ao mesmo tempo em que persegue os verdadeiros culpados.
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O longa traz Forest Whitaker na pele do policial responsável por caçar Mills pelo suposto assassinato e Famke Jassen como a ex-mulher do agente. Apesar de um trio de atores de peso, o filme parece refém de ideias recicladas dentro de seu gênero. Perseguições, lutas e soluções engenhosas se desenrolam de uma maneira previsível que chegam a dispersar o espectador.
Criada pelo francês Luc Besson no final dos anos 00, Busca Implacável inovava por trazer Liam Neeson reformulado para uma nova fase de sua carreira, agora como astro de ação. Também era legal por tirar onda com sua própria proposta enquanto cinema de entretenimento. Por isso era bem mais leve que a série do agente Bourne, esta sim mais séria e pretensiosa.
A partir do segundo filme a franquia já mostrava sinais de desgaste. Dirigido por Olivier Megaton com roteiro e produção de Besson, o filme não conseguiu renovar suas ideias e ficou estagnado. O mesmo vale para este terceiro, onde a proposta chega ainda mais desgastada. Falta ao filme uma narrativa mais inventiva que desbanque minimamente o que já foi mostrado em produções semelhantes.
Além disso, sem conseguir manter o tom despretensioso do seu início, Busca Implacável deixou à mostra sua pobreza técnica e a falta de ritmo de seu roteiro. Não há ainda previsão para um quarto filme – apesar do desejo de Liam Neeson – mas esperamos que o ator siga se desafiando como o astro de ação mais querido desses tempos (desculpe, Borne!).
BUSCA IMPLACÁVEL 3
De Olivier Megaton
[Taken 3, FRA, 2015 /
Com Liam Neeson, Forest Whitaker, Famke Janssen