Young Fathers chega hiperativo em White Men Are Black Men Too
O trio escocês Young Fathers chamou a atenção por causa do Mercury Prize, um dos maiores prêmios da música inglesa, que venceram em 2014. Agora, já conhecidos, eles divulgam um novo álbum onde exploram o seu maior diferencial dentro do rap: a esquisitice.
Gravado durante a turnê do ano passado, White Men Are Black Men Too é cheio de momentos exuberantes, alguns inspirados e outros nem tanto, onde ficam evidentes as influências do grupo para o rock progressivo, fusion pop e disco. Faixas como “Rain Or Shine” dão indícios de que eles reforçaram ainda mais o amálgama entre o hip hop e o pop, a ponto de ficar quase impossível encontrar uma linha limite.
Apesar de ser um trabalho divertido de ouvir em seus 40 minutos, é um trabalho que transparece um esforço grande em causar um choque. Isso acaba tornando a audição cansativa perto do fim. Tanta hiperatividade e tentativa de experimentação, apesar de louvável, não trouxeram nenhum avanço a nenhum dos gêneros explorados.
YOUNG FATHERS
White Men Are Black Men Too
[Big Dada/Ninja Tune]