Celebrando a estranheza, tUnE-yArDs mistura folk e eletrônica em novo disco
O projeto musical de Merrill Garbus é uma das melhores surpresas recentes na cena independente. A cantora representa a geração atual cada vez mais interessada em desbravar outras sonoridades, investindo pesado em pesquisa musical e arranjos de instrumentos tidos como “étnicos”, a exemplo do ukulele.
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A liga no caso do tUnE-yArDs é a eletrônica, sob o comando das baterias de Nate Brenner. O novo trabalho, Nikki Nackchega a ser tão interessante quanto o anterior, o ótimo w h o k i l l, mas é um pouco menos inventivo.
Merrill usou parte das suas experiências em uma viagem ao Haiti para este novo trabalho, que reforça o choque proposta pela artista entre o folk e uma espécie de post-punk amalucado. O estranhamento inicial da maioria das pessoas ao entrar em contato com o tUnE-yArDs se dá também com a voz da cantora, que tem um timbre único, um tanto másculo e potente, mas que alcança notas baixas e delicadas.
Merrill e Brenner seguem coesos em seu som que é único dentro do indie atual. Não se superaram em relação ao melhor que já fizeram, mas ainda estão indo bem nessa experimentação em busca do novo. [Paulo Floro]
tUnE-yArDs
Nikki Nack
[4AD, 2014]
Nota: 8,0