The Pains Of Being Pure At Heart aposta alto na melancolia no terceiro disco
A estratégia artística da banda nova-iorquina The Pains Of Being Pure At Heart sempre foi esconder a doçura em meio ao peso de guitarras. Os jovens se juntaram em 2007 e fizeram sucesso com o disco homônimo de estreia, que era tanto angelical, quanto distorcido e “sujo”. A influência direta sempre foi My Bloody Valentine e outros grupos de “shoegaze”.
Leia Mais
Crítica: A estreia do The Pains Of Being Pure At Heart
Eis que o grupo chega a este terceiro disco em busca de uma sonoridade mais amena em relação ao ímpeto mais pesado da estreia. O grupo seguiu um direcionamento mais pop e melancólico, substituindo guitarras distorcidas por arranjos que os distanciam e muito do estilo que estabeleceram.
Kip Kerman cresceu como compositor nessa mudança de curso e passou a explorar ainda mais usa voz nessa fase mais terna. Mas, algumas partes do álbum são praticamente inócuas – nem boas, nem ruins, apenas qualquer coisa. Mas faixas como “Art Smock” e “Eurydice” apontam que a banda parece viver uma auto-descoberta que talvez os coloquem em um lugar privilegiado do indie-pop. [Paulo Floro]
THE PAINS OF BEING PURE AT HEART
Days Of Abandon
[Fierce Panda Records, 2014]
Nota: 7,0