Modest Mouse lança o rococó do indie-rock com o disco Strangers To Ourselves
Em seu primeiro trabalho desde 2007, o grupo Modest Mouse decidiu soltar o mais complexo e rebuscado trabalho do rock independente em muitos anos. Strangers To Ourselves é uma obra quase maníaca na quantidade de detalhes adicionados em sua produção repleta de ideias, em geral, bem executadas.
O problema é que é um disco muito longo com tão pouco a ser dito. Em vez de se agarrar a uma proposta concisa, com uma produção certeira e bem executada, que sempre foi característica da banda, eles falharam em uma tentativa de tornarem o disco em algo épico.
Depois de discos que impressionaram pela contribuição que deram ao rock independente, como The Moon and Antarctica, o Modest Mouse parece estar falhando ao encontrar seu lugar entre o pop reprocessado com cobertura indie do Mumford & Sons e propostas disruptivas de Panda Bear e afins. Trabalhos rococó, prezados apenas pelo excesso, como esse Strangers To Ourselves, estão longe do melhor que o gênero pode oferecer. [Fernando de Albuquerque]
MODEST MOUSE
Strangers to Ourselves
[Columbia, 2015]
7,0