Crítica: Blue Hawaii | Untogether

Blue Hawaii Untogether

blue_hawaii

Blue Hawaii prima por se arriscar

Sabe aqueles álbuns que demoram? Demoram a engrenar, a revelar suas qualidades, a conquistar o ouvinte, a serem decifrados, a se mostrarem como algo realmente inovador? É o caso de Untogether, disco de estreia da dupla canadense formada por Alexander Cowan e Raphaelle Standell-Preston. Quem conseguir vencer a possível rejeição inicial ao trabalho, encontrará um disco emotivo e cheio de personalidade.

Trabalhado na eletrônica experimental, eles trouxeram novas texturas e alguma ousadia para a pista de dança (quem se arrisca?). O álbum teve as composições escritas separadamente pela dupla e demorou dois anos para ser gravado. Além de bons combos, como “In Two” e “In Two II”, o trabalho envereda por momentos incrivelmente depressivos e arrastados que podem atrapalhar um conjunto que parecia ir muito bem e afugentar alguns ouvintes impacientes.

Mas, é um trabalho que brilha sobretudo por se arriscar. [Rafael Curtis]

Blue-Hawaii-UntogetherBLUE HAWAII
Untogether
[Artbus, 2013]
Preço: R$ 25 em média (importado)

Nota: 8,2