Criolo e Milton Nascimento lançam nova versão de “Não Existe Amor em SP” para ajudar vítimas da pandemia do coronavírus

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Foto: Fred Siewerdt.

Milton Nascimento e Criolo se unem em nova versão da faixa “Não Existe Amor em SP” para ajudar àqueles que mais necessitam neste momento de pandemia do novo coronavírus. A música tem produção de Daniel Ganjaman e traz participação do pianista pernambucano Amaro Freitas.

A faixa acompanha clipe dirigido por Denis Cisma e Beto Macedo, com imagens gravadas durante o segundo encontro da dupla em estúdio, entre os dias 4 e 5 de março, e outras feitas na capital paulista durante os tempos de isolamento social.

Para chamar a atenção da sociedade aos mais de 40 milhões de brasileiros que não tem casa ou vivem em condições precárias, o lançamento da campanha ocorreu nas ruas: o clipe de “Não Existe Amor em SP” foi projetado em primeira mão nas empenas dos edifícios de São Paulo, como um incentivo ao movimento de ressignificar o seu título em função do momento atual.

As doações podem ser feitas no existeamor.com/doe através da plataforma de crowdfunding administrada pela Benfeitoria. O fundo é gerenciado pela SITAWI, que repassará os recursos para organizações como É de Lei, SP Invisível, Arsenal da Esperança, entre outras. A realização é uma parceria da agência AKQA, que também criou a campanha, e do Coala.Lab (núcleo de música e projetos do Coala Festival) com a Nascimento Música e a Oloko Records, gravadoras de Milton e Criolo.

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O clipe estreou em projeções na capital paulista. (Divulgação).

O single faz parte do projeto “Existe Amor”, que é ao mesmo tempo um EP com quatro faixas e lançamento previsto para maio de 2020 como também uma campanha de um fundo solidário para a população em situação de vulnerabilidade social durante a pandemia do COVID-19.

“Esse projeto pra mim é como um sonho. Depois de tantas coisas maravilhosas que eu vivi nestes mais de cinquenta anos de carreira, nunca pensei que fosse ter o privilégio de participar de algo tão intenso como este”, afirma Milton sobre o projeto.

Já Criolo destaca a importância do encontro como motivador de transformações sociais: “Mais uma vez, a arte se apresenta como instrumento de humanização e sensibilidade em um momento de crise. É a exaltação da importância das questões humanitárias, já que nos extremos e em todas as favelas do Brasil, o estado de calamidade pública existe durante o ano todo. E o que fica de lição deste momento é que nós temos sim força para transformar tudo em algo bom, em algo melhor. Passaremos por isso e estaremos mais atentos ao tanto de necessidade que os lugares mais frágeis da sociedade brasileira tem passado”, diz ele.