“Contrapeso”, romance cyberpunk de Djuna, chega ao Brasil com narrativa de poder e resistência

A obra explora as tensões entre uma corporação neocolonial e os habitantes de uma ilha fictícia

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Foto: Divulgação.

O romance Contrapeso, do autor coreano Djuna, será lançado no Brasil no dia 17 de setembro, pelo selo Suma da Companhia das Letras. A obra, que já está disponível para pré-venda no site oficial da editora, é uma ficção científica de impacto, inspirada por autores como Joseph Conrad e Philip K. Dick.

Com 168 páginas, Contrapeso é descrito como um romance que combina elementos de cyberpunk e ficção policial, além de abordar questões sobre a ambição neocolonial e suas consequências. A trama é ambientada na ilha fictícia de Patusan, onde a corporação coreana LK, contra a vontade dos habitantes locais, constrói um elevador que conecta a Terra à órbita. No espaço, o elevador é sustentado por uma massa de lixo, chamada de “contrapeso”, dentro da qual se encontra um fragmento de memória do antigo CEO da LK. Esse fragmento é disputado por diversos personagens, resultando em uma narrativa que explora identidades falsas, neuro-implantes e conflitos políticos.

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Foto: Divulgação.

O livro foi elogiado por Charlie Jane Anders, crítica do The Washington Post, que destacou: “Um thriller cyberpunk vertiginoso e subversivo. Como Philip K. Dick, Djuna cria uma atmosfera de paranoia que mantém o leitor preso até o fim”. A autora Bora Chung, conhecida por seu livro Coelho Maldito, também comentou sobre a obra: “Djuna é uma lenda e um gigante da ficção científica coreana. Contrapeso tem tudo. É um thriller de ação e ficção científica frenético, um mistério muito bem construído e um estudo envolvente sobre a complexidade da existência humana. Não consegui largar esse livro”.

Djuna, que escreve sob anonimato há mais de duas décadas, é considerado um dos nomes mais influentes da ficção científica na Coreia do Sul. Membro da Korean Science Fiction Writers Union, o autor já publicou dez coletâneas de contos e cinco romances. Contrapeso marca a primeira obra de Djuna a ser lançada fora da Coreia do Sul.