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Scarlett Johansson e Channing Tatum como Kelly Jones e Cole Davis. (Foto: Sony Pictures/Divulgação.)

“Como Vender a Lua” é uma comédia romântica que brinca com o conflito espacial e político

Estrelando Scarlett Johansson e Channing Tatum, o filme explora o humor e a ironia por trás da corrida à Lua durante a Guerra Fria

“Como Vender a Lua” é uma comédia romântica que brinca com o conflito espacial e político
2.5

Como Vender a Lua
Greg Berlanti
EUA, 2024. 2h11. Gênero: Comédia/Romance. Distribuição: Sony Pictures.


“Este é um pequeno passo para o homem, mas um gigante salto para a humanidade”. Estas emocionantes palavras foram ditas por Neil Armstrong, astronauta participante da missão Apollo 11, acompanhado por Edwin Aldrin e Michael Collins. O fato histórico, reconhecido mundialmente, está registrado na Lua, marcada por uma bandeira não do Planeta Terra, mas dos Estados Unidos. A conquista, que foi inegavelmente acompanhada por numerosos conflitos políticos, segue até hoje plantando discussões a respeito de sua veracidade. Nem todo mundo comprou a ideia. Afinal, quão trabalhoso pode ser vender uma viagem para a Lua?

Com este cenário em mente, Scarlett Johansson decidiu produzir Como Vender a Lua (dirigido por Greg Berlanti), filme também protagonizado pela atriz, mesmo que não estivesse em seus planos inicialmente. Acompanhada por Channing Tatum, Johansson interpreta Kelly Jones, uma marqueteira contratada para vender ao público a ideia da missão Apollo 11 da NASA, cujo objetivo visa, em plena Guerra Fria, levar a humanidade – ou melhor, os estadunidenses – pela primeira vez à Lua.

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Foto: Sony Pictures/Divulgação.

Cole Davis, personagem vivido por Tatum, é chefe de engenharia do projeto e discorda dos ideais e métodos escolhidos por Kelly. Como esperado, o ato de discordar se desenrola juntamente com um interesse amoroso. No entanto, o ponto principal do longa é a gravação do pouso dentro de um estúdio, caso tudo dê errado. Piada ou não, Como Vender a Lua debate os diversos questionamentos que envolvem o feito.

Filmes que retratam fatos históricos ao lado de conflitos políticos são, sem dúvidas, casos de sucesso. Não é à toa toda a repercussão de Oppenheimer, que inclusive levou a estatueta de Melhor Filme no Oscar de 2024. É inegável aquela sensação de propaganda que amacia toda e qualquer problemática em filmes como o do “pai da bomba atômica”. A questão vai além da qualidade ou da técnica de um longa, mas toca no peso que carrega consigo todo o contexto que é retratado. Divide opiniões e com razão.

Um filme sobre a publicidade por trás da ida do homem para a Lua poderia, de longe, ser um drama denso e conflituoso. Entretanto, o longa entrega um resultado leve, divertido e romântico. É quase como se não estivéssemos assistindo à competição entre dois países durante um período frágil da história. O espectador torce pelo sucesso dos objetivos de Kelly e Cole. Aliás, torce para que eles fiquem juntos, mesmo que a química do casal seja quase inexistente. Cumpre o papel de entretenimento. 

Pensando então nesta abordagem tranquila e engraçada, o corte de cenas – que não acrescentam no desenvolver da história – entregaria um resultado bem mais satisfatório. A longa duração do filme é composta, principalmente durante a reta final, de momentos que parecem tentar preencher algo que, no fim das contas, sequer precisa ser preenchido. 

Os cenários são bem construídos, levam o espectador para dentro deste ambiente curioso e imersivo. Um ponto forte é, sem dúvida, a trilha sonora. Ao som dos vários sucessos de Frank Sinatra, acompanhamos personagens carismáticos trabalharem juntos para que a missão Apollo 11 ocorresse bem. 

Como Vender a Lua é, portanto, uma espécie de comédia romântica satisfatória e divertida. Apesar da desnecessária longa duração, o elenco de peso entrega cenas engraçadas e fecha o filme com a sensação de dever cumprido. Não restam dúvidas: Os estadunidenses vão adorar.

O filme estreia nos cinemas brasileiros em 11 de julho. Confira o trailer: