Coletivo Sítio Rosa canta o acolhimento em “Lhasa”, sua estreia fonográfica

O single abre alas para o primeiro álbum do coletivo, dedicado a pessoas e bichos de todas as idades

sitio rosa pedro hamdan
(Foto: Pedro Hamdan/ Divulgação)

Um animal assustado, mas muito amoroso. Foi assim que a cachorrinha Lhasa apareceu no sítio onde um grupo de amigos se tornou família em meio ao isolamento da pandemia da COVID-19, em 2020. Os então hóspedes do sítio logo a adotaram, e hoje ela é a mais nova integrante da família. A protagonista dessa história, que ganhou final feliz, é a inspiração do single “Lhasa”, primeiro lançamento do Sítio Rosa – um coletivo artístico formado pelos músicos Jennifer Souza e Bernardo Bauer, e pelas artistas visuais Julia Baumfeld e Laura Lao

Através da sensibilidade e da delicadeza, eles criaram juntos um universo possível para crianças, adultos e bichos, mas principalmente para as famílias, em suas mais diversas configurações, em um lugar de acolhimento, onde o carinho, o cuidado e o afeto costuram as histórias que nascem e desabrocham lá. O single chega neste 25 de julho pelo selo dobra discos, e com distribuição da Altafonte Brasil. O disco completo está previsto para setembro. Este projeto é realizado por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, com incentivo do UniBH.

‘Lhasa’ é uma canção dedicada à cachorrinha que foi encontrada no sítio da vovó Pitu, palco onde essa família se encontrou”, conta Bernardo Bauer, um dos membros do coletivo. Quando ela apareceu, estava coberta de carrapatos, com fome e doente. Foi acolhida rapidamente e logo se sentiu em casa no Sítio Rosa. Por conta do período da pandemia, os integrantes do coletivo passaram longas semanas no Sítio, até que em uma das vindas para Belo Horizonte, Lhasa veio junto, para integrar sua nova família. O nome Lhasa é dedicado à cantora Lhasa de Sela, cujas canções embalaram o momento de sua chegada.

Agora, Lhasa é também a irmã de quatro patas de Rosa, uma neném recém nascida quando a cachorrinha chegou, e ajuda a batizar essa primeira canção, composição de Jennifer Souza ao lado de Bernardo Bauer, que descreve os sentimentos que envolveram a adoção dessa doce filhotinha.

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Capa completa (Divulgação)

A levada folk reforça o tom de contação de histórias, trazendo o lado lúdico infantil, mas não se limitando a ele, de forma a compartilhar a vivência de quem tem a intenção de cuidar de um bichinho com a responsabilidade de dividir a comida, o chão, o carinho e a vida com esse novo membro da família.

Em dueto entre as vozes de Jennifer Souza – de celebrados trabalhos solo, como o álbum “Pacífica Pedra Branca”, e conhecida por projetos como as bandas Moons e Transmissor –  e Bernardo Bauer – também ex-integrante da Moons –, a protagonista de “Lhasa” é apresentada logo nos primeiros versos pela voz de Jennifer, enquanto Bauer aprofunda os sentimentos dessa nova relação, cantados em: “no meu amor cabe você, cabe mais um, mais dois, mais três“.