MUNDO CÃO
Dir. Terry Zwigoff
[Ghost World, EUA, 2001]
Chegar à idade adulta não é fácil, muito menos com o amadurecimento forçado pelo qual é marcada a saída do high school. Muitos adolescentes ficam perdidos e se vêem no momento exato em que todas as promessas de morar sozinho, emprego e vida dos sonhos deveriam se tornar realidade. Em Mundo Cão, O drama é compartilhado pelas adolescentes Enid (Thora Birch) e Rebecca (Scarlett Johansson), que planejavam o futuro há tanto tempo que não sabem como lidar com ele. Enid é a mais perdida da dupla, vendo suas brincadeiras de adolescentes com a vida dos outros tornarem-se dramas reais e duros de encarar. Sua vida torna-se mais confusa quando cruza com a do problemático Josh (Brad Renfro), um rapaz diferente e cheio de manias, suplicando por uma libertação da nova amiga, mas não consegue lidar consigo mesmo depois de “mergulhar de cabeça na nova realidade”. Um belíssimo drama sobre o autoconhecimento e a poética da vida, encarada por cada um de uma forma singular. O filme é uma adaptação da HQ homônima de Daniel Clowes. [LA]
NOTA: 9,0.
EFEITO DOMINÓ
Dir. Roger Donaldson
[The Bank Job, ING, 2008]
Baseado em fatos reais, o longa conta a história do maior assalto a banco da Inglaterra na década de 70, não pela quantidade de dinheiro, mas pelo alto valor dos artefatos guardadas no cofre do Baker Street. Martine Love, uma bela modelo com problemas na polícia, convida Terry Leather (Jason Statham), ex-mundo do crime e ex-namorado, a assaltar um banco alegando grana fácil, mas esconde os reais motivos: recuperar fotos indiscretas da princesa para salvar seu pescoço. O efeito dominó começa quando o bando de Terry entra no cofre: descobre além das fotos, vários outro souvenir incriminadores de membros de alto escalão social. Saindo a notícia do assalto, começa a corrida pela recuperação de bens. Milhões de libras foram roubadas, nada foi recuperado e ninguém jamais foi preso. Como curiosidade, o longa foi filmado ao longo de 10 semanas nas locações em Londres, no Ealing Studios, base da produção, e em Pinewood, onde a parte externa do banco e a esquina da Baker Street com a Marylebone Road foram construídas na área externa do estúdio. Algumas cenas adicionais foram filmadas na Austrália. [LA]
NOTA: 7,0
NUNCA É TARDE PARA AMAR
Dir. Amy Heckerling
[I Could Never Be Your Woman, EUA, 2007]
Tratar de um tema profundo e polêmico quanto à diferença de idade de casais (principalmente quando ela é a mais velha) através do humor pode ser uma ousadia, terreno propício para escorregadas para até mesmo grandes diretores. Em Nunca é Tarde para Amar, Rosie (Michelle Pfeiffer) é a quarentona que vive o drama de estar à beira dos 40, mas apaixonada por Adam (Paul Rudd), 28. Paralelamente às piadas sem sal com direito à mãe natureza aconselhando no pé do ouvido no lugar do anjinho, surge o drama de ser velha e ter uma filha adolescente, Izzie (Saoirse Ronan), apaixonada pela primeira vez ao mesmo tempo que a mãe curte sua paixonite eticamente errada. Com elenco de apoio de quinta e trilha sonora pior ainda, o longa opta por uma fórmula narrativa mais do que esgotada, com roteiro que de tão óbvio enjoa. Pior atuação da carreira de Michelle Pfeiffer. [LA]
NOTA: 1,0.