O cineasta Pedro Severien lança livro que reflete sobre os processos criativos e políticos na realização cinematográfica. Quando as luzes Artificiais se Apagam será lançado na próxima quinta (6 de fevereiro), às 19h, no Sinspire, Bairro do Recife.
No evento, aberto ao público, o autor fará uma leitura do capítulo que dá título ao livro, com intervenção visual da artista Biarritz. A obra estará à venda no local, além do DVD duplo Todas as Cores da Noite e outros filmes que andam juntos, ambos pelo valor promocional do “pague o quanto puder”.
Enquanto se prepara para filmar seu segundo longa-metragem, Fim de semana no paraíso selvagem, o realizador Pedro Severien reflete neste trabalho sobre processos criativos e políticos na realização cinematográfica. Para promover essa narrativa que se volta para um trajeto ao mesmo tempo conceitual e pessoal, ele age como organizador, reunindo conteúdos (boa parte dos quais escritos por ele) acerca da feitura de filmes com os quais esteve envolvido na última década, dos mais autorais aos mais colaborativos.
Com roteiros, entrevistas, ensaios, materiais visuais e contribuições de parceiros criativos, o autor constrói um trajeto que passa por aspectos práticos sobre organização de uma produção, dinâmicas de set e experimentações nos campos ficcional e documental. O projeto tem distribuição da Inquieta e incentivo do Funcultura / Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e do Fundo Setorial do Audiovisual / Ancine / Governo Federal.
“Mais do que estabelecer um foco pontual e estático sobre um determinado tema ou forma, em Quando as luzes artificiais se apagam realizo uma cartografia dos meus desejos no cinema. Mobilizo roteiros, ensaios e entrevistas, assim como textos de colabores criativos, para pensar as forças vitais que me movem na criação artística. Ao mesmo tempo, busquei refletir sobre a micropolítica na realização audiovisual, relacionando isso com as experimentações estéticas e dramatúrgicas dos filmes. Os meus interesses são nômades, estão sempre em movimento, e é um pouco desse nomadismo que tentei imprimir no livro”, explica Severien.