“CicloFrevo é Brega” faz desfile pelas ciclofaixas e mercados públicos do Recife com dança e música

Da companhia pernambucana Lúden Cia de Dança, espetáculo itinerante é apresentado neste sábado (08/02), em Casa Amarela, às 10h50, e na Boa Vista, às 12h30, gratuito e com intérpretes de libras

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(Foto: Wanderley Aires/ Divulgação)

A Lúden Cia de Dança (companhia pernambucana) conclui a temporada do espetáculo CicloFrevo é Brega, neste sábado (08/02), com apresentações autorais de dança e música brega, nos mercados públicos de Casa Amarela e da Boa Vista, ambos no Recife. Esta vivência de arte, cotidiano, cultura e lazer sempre começa pelo desfile de bicicletas nas ciclofaixas e ruas da cidade, destacando as vertentes do brega funk e romântico, a sua resistência e a inovação das periferias.

A programação é gratuita, e acontece às 10h50 e às 12h30, com classificação livre e intérpretes de libras para comunidade surda. O CicloFrevo acontece em parceria com a CONVIVA Mercados e Feiras – Autarquia Municipal, além de ter o incentivo público pelo edital Funcultura (Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura), Fundarpe, Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), Governo do Estado de Pernambuco e a direção geral do produtor cultural pernambucano Jose Valdomiro, mais conhecido por Minininho. O circuito também tem o apoio da Associação Defensora da Ilha de Joaneiro (Recife) e da Escola de Frevo do Recife.

“A apresentação, que é itinerante, inicia-se num desfile bicicletivo. Ao som de uma diversidade de bregas, executado por uma bicicleta sonora, oito intérpretes representando ícones da dança e música do respectivo gênero desfilam pelas ruas da cidade do Recife, realizando paradas nos mercados públicos dançando, contando e cantando histórias do povo recifense”, explica Minininho, também responsável pelo roteiro e concepção do espetáculo.

O espetáculo tem sido realizado com duas apresentações por data: 31/01 (Mercado de Água Fria, às 10h50; Mercado da Boa Vista, às 12h30); 01/02 (Mercado da Encruzilhada, às 10h50; Boa Vista, às 12h30); 02/02 (Boa Vista, às 10h30 e 12h30); 08/02 (Mercado de Casa Amarela, às 10h50; Boa Vista, às 12h30).

Wanderley Aires foto credito A apresentacao que e itinerante inicia se num desfile bicicletivo
(Foto: Wanderley Aires/ Divulgação)

A celebração da vida e o motivo do sorriso, da descontração, da leveza e da brincadeira, a partir da dança e da música brega, são momentos proporcionados pelo “CicloFrevo é Brega”. Suas inspirações estão nas performances do gênero, nas referências das próprias comunidades e nos modos das relações com a periferia. O espetáculo dialoga diretamente com temáticas racial, social, de gênero, política, cultural e educativa.

“Danças, poesias, gírias, sonoridades, vestuário e redes sociais são formas onde o brega expressa a maneira de vida da maioria da população das comunidades do Recife, que dança, canta e conta suas dores, superações, desilusões e amores numa diversidade de expressões, entre elas força, resistência, ostentação, felicidade e tudo mais que envolve o movimento brega. Essas menções aparecem no “CicloFrevo é Brega” e são representadas por figurinos, maquiagens, cenários, coreografias e muita música durante as ações do circuito”, declara.  

A companhia existe desde 2008, com o objetivo de contribuir, por meio das expressões da cultura popular, especialmente das danças, para o fortalecimento, divulgação e  preservação dos patrimônios culturais e imateriais da humanidade, tais como o Frevo e agora o Brega.

O “CicloFrevo é Brega” é feito por muitas mãos pernambucanas, com a seguinte equipe técnica: Minininho (concepção, roteiro, direção geral, assistência de coreografia e produção geral); Quiercles Santana (direção artística); Inaê Silva (assistência de direção); Wanderley Aires (coreografias); TomBC (direção musical); Salatiel Bernardo (bicicleta sonora); Djalma Rabêlo (figurino); Altino Francisco (cenografia); Bruna Renata (assistência de produção); Elaine Alves, Mônica Moraes e Victória Moraes (apoio); Wanderley Aires (imagens e vídeos); Paulo Ranulfo (caminhão); Daniel Lima (assessoria de imprensa); Adriano Alves (mídias sociais); Marcela Rabelo (identidade visual); Paulo Maciel (administração e contabilidade); Adrielly Carla, Deyvson Vicente, Maria Lucrécia, mais conhecida como Fia Cachinhos, Moisés Jeferson, Neline Silvia, Patrícia Fernandes, Paulo Fernando e Tadashy Miguel (intérpretes-criadores); Eliseu Nascimento (intérprete convidado); Léo Ramos (intérprete de libras).

Wanderley Aires foto Dancas poesias girias sonoridades vestuario e redes sociais sao formas onde o brega expressa a maneira de vida da maioria da populacao das comunidades do Recife
(Foto: Wanderley Aires/ Divulgação)

Com o “CicloFrevo”, que começou a circular via Lei Aldir Blanc 2020, a Lúden tem conquistado espaço de atuação no cenário cultural pernambucano. Este projeto consiste em apresentações itinerantes de passistas-ciclistas em vias cicláveis. De 2022 até agora, realizou apresentações com diversas temáticas: “Onde está o Boi do CicloFrevo”, encenado no período de natal; “Junino no São João da Capital”, apresentado no ciclo junino do Recife e de Caruaru.

Premiações

Entre as produções gerais da Lúden, desde seu surgimento, estão: coreografia “Compasso Biomecânico”; espetáculo “Efervescência”; videoarte “(in)VISIBILIDADE”; “Lúden: a MuDança para a Juventude da Periferia” e “Lúden Cia de Dança”, essas duas últimas premiadas pelo Agente Jovem de Cultura (2012) e pela Culturas Populares Leandro Gomes de Barros (2017), ambos os prêmios vinculados ao Ministério da Cultura.

“As circulações realizadas junto aos ciclos culturais carnavalesco, junino e natalino, por meio das convocatórias de chamamento público lançadas anualmente pelo governo, para diferentes linguagens artísticas, são os instrumentos que garantem a manutenção da companhia, com criações autorais”, pontua.

Programação

8 de fevereiro (sábado)

10h50 – Mercado de Casa Amarela

12h30 – Mercado da Boa Vista

Acesso: todas as apresentações são gratuitas e possuem intérpretes de libras