Chemical Brothers se renova revolvendo as próprias referências em No Geography

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Foto: Divulgação.
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Com mais de trinta anos de carreira, é incrível perceber como a dupla britânica Chemical Brothers ainda consegue criar trabalhos instigantes dentro de sua própria estética. Em No Geography eles estão cavucando dentro das próprias referências construídas ao longo da carreira para soarem revigorados na sonoridade.

Grande parte do apelo do álbum é que ele tem um tom saudosista que remete aos hinos do duo dos anos 1990, época em que a música eletrônica pop de nomes como Underworld, Orbital e The Prodigy saía dos clubes para as paradas de vendas.

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“Got To Keep On”, “Gravity Drops” e “Eve Of Destruction” é puro Chemical Brothers clássico. Mas isso não chega a ser uma muleta: o trabalho aponta também para novas direções, como se buscasse uma reinvenção na proposta de unir batidas grooveadas e funky-rock, que é bem o estilo do duo.

A temática aposta em temas atuais e discute esse estado de insegurança que vive o mundo hoje, onde tudo parece desmoronar. Esse senso de urgência persegue todas as faixas do trabalho. No Geography é um re-vigor no trabalho do Chemical Brothers, que segue afiado.

THE CHEMICAL BROTHERS
No Geography
[Virgin/EMI, 2019]