A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) anunciou o lançamento do calendário 2025, que presta homenagem às mulheres fotógrafas de Pernambuco. Intitulado Mulheres da Fotografia Pernambucana, o anuário reúne o trabalho de 13 profissionais que, por meio de suas lentes, abordam questões relacionadas à luta pelos direitos das mulheres, à diversidade cultural e às vivências femininas.
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A edição celebra os 50 anos da 1ª Conferência Mundial sobre a Mulher, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, ano em que também foi oficializado o Dia Internacional da Mulher. Com fotografias que convidam à reflexão, o calendário propõe um olhar sobre as conquistas femininas e os desafios que ainda persistem.
De acordo com o editor da Cepe, Diogo Guedes, a seleção das imagens teve como objetivo valorizar a pluralidade de estilos e temas no portfólio das fotógrafas. “Criamos uma mostra de fotografias pernambucanas feitas por mulheres, com registros que vão do fotojornalismo à obra conceitual, contemplando também ensaios artísticos e registros documentais”, afirmou.
“O calendário reflete o universo feminino, as lutas históricas, as ações por igualdade e as vivências, sempre pela perspectiva de mulheres representadas por mulheres”, completou.
A diretora de Produção Gráfica da Cepe, Eduarda Campello, reforçou a relevância social e histórica da edição deste ano. “É um calendário que convida a pensar sobre essas duas datas marcantes – os 50 anos da conferência da ONU e a internacionalização do Dia da Mulher. Além disso, ele celebra os direitos conquistados e os caminhos que ainda precisam ser pavimentados na luta pelos direitos das mulheres”, ressaltou.
Entre as fotografias selecionadas, destacam-se registros que exploram diferentes aspectos culturais, sociais e históricos. Em janeiro, Rhaiza Oliveira apresenta uma pesquisa visual de corpos e texturas na Praia Buraco da Véia, no Recife. Já em fevereiro, Priscilla Buhr retrata uma grávida do Caboclinho Tribo Indígena Tapirapé, no Alto José do Pinho.
Em maio, Teresa Maia registra a fé católica por meio da imagem de Diolinda rezando o terço mariano, enquanto, em setembro, Hélia Scheppa captura a bordadeira Geisa, do município de Passira, no Agreste do Estado. Para o mês de novembro, Roberta Guimarães destaca a religiosidade africana em referência ao Dia da Consciência Negra. Outras fotógrafas também integram o projeto, como Alcione Ferreira, Alexandra Dias, Brenda Alcântara, Thaisa Figueiredo, Aline Mariz, Juana Carvalho, Mariana Oliveira e Renata Pires-Sola.
Confeccionado em papel couché, o calendário está disponível para compra avulsa ao preço de R$ 30. Ele também será oferecido como brinde para compras acima de R$ 80 nas lojas físicas da Cepe, que incluem livros ou revistas como a Continente e a Pernambuco. Além disso, pode ser adquirido no site oficial da editora.
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Em anos anteriores, o calendário da Cepe homenageou figuras e projetos importantes, como o educador Paulo Freire, o pintor Vicente do Rego Monteiro e o gravurista Gilvan Samico.