Cepe Editora divulga vencedores dos prêmios nacionais de literatura

Obras vencedoras serão publicadas e autores receberão R$ 20 mil como premiação

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Vencedores Ernani Ssó, Felipe Julius, Keichi Maruyama, Lisa Alves e Roberto Marcos (Foto: Divulgação).

A Cepe Editora anunciou os vencedores da oitava edição do Prêmio Cepe Nacional de Literatura e da quinta edição do Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Infantojuvenil. As obras selecionadas foram divulgadas no Diário Oficial de Pernambuco nesta quarta-feira (23) e no site da editora. Cada autor premiado receberá R$ 20 mil e terá sua obra publicada.

Na categoria Romance, o mineiro Roberto Marcos foi contemplado com Os escritos de Blanca Mares, ficção inspirada em personagens reais de Teófilo Otoni. “Acompanho o Prêmio Cepe há muito tempo e tenho o maior respeito pelo trabalho sério que vem sendo realizado em Pernambuco pela literatura. Estou muito feliz com a notícia”, declarou o autor.

A categoria Conto teve como vencedor o paulista Keichi Maruyama com Atemoia, sua estreia na literatura. “Ao reconhecer a quantidade de candidatos ao prêmio e o prestígio da Cepe, sinto-me como se tivesse ganhado na loteria”, afirmou. Segundo ele, a obra “traz um olhar caleidoscópico sobre o universo do trabalho corporativo”.

Em Poesia, o gaúcho Felipe Julius venceu com Cicatrizes na paisagem, inspirada na tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024. “A obra é uma road novel poética que nos carrega de volta à catástrofe climática mais difícil do estado”, explicou o autor.

Na categoria Infantil, Ernani Ssó foi premiado com A morte e o estagiário da Morte. “É uma tremenda alegria, porque não sou apenas eu que ganha o prêmio. Muitas crianças, com quem falei em escolas, me pediram mais histórias sobre a morte. É que algumas se divertiram lendo e outras, através delas, conseguiram lidar com seu luto. Isso não tem preço”, disse.

Já a mineira Lisa Alves venceu na categoria Infantojuvenil com A menina que não queria ver Deus. A obra acompanha uma menina de 11 anos que recorre à filosofia e às histórias da avó para lidar com ausências e silêncios do mundo adulto. “Ganhar o Prêmio Cepe com A menina que não queria ver Deus é um alívio amargo. Escrevi esse livro pensando nas crianças que ainda têm tempo de perguntar, porque tantas outras têm sido silenciadas sem misericórdia”, declarou a autora.

Segundo o editor da Cepe, Diogo Guedes, os prêmios cumprem um papel importante na renovação do catálogo e valorização da literatura. “Eles são fundamentais por promoverem a escrita e por trazerem novos originais, já respaldados por um júri especial, para o nosso catálogo, com obras que provaram sua capacidade de mobilizar leitores e se destacarem.”

Nesta edição, os prêmios registraram um total de 1.740 inscrições, com aumento de 19,7% em relação a 2022. As seleções foram realizadas por júris especializados e de forma anônima. A editora-assistente Gianni Gianni destaca o compromisso com a diversidade: “Buscamos ter um júri composto de pessoas com carreira destacada e significativa no meio da literatura, mas sempre considerando critérios de diversidade.”

As obras vencedoras serão lançadas em breve pelo selo da Cepe Editora.