O centro histórico de Aracaju será o cenário do SE Mapping, festival gratuito que une arte, tecnologia e memória para explorar a história e a cultura sergipana. O evento acontece entre os dias 9 e 12 de janeiro, com atividades na Praça Fausto Cardoso. A programação inclui videomapping, oficinas, passeios guiados, feira de economia criativa e apresentações artísticas que conectam diferentes formas de expressão.
A primeira edição do festival terá a projeção de 18 obras inéditas de videomapping, abordando aspectos da história de Sergipe, como os povos originários Kariri-Xocós e a trajetória da ativista e historiadora Maria Beatriz Nascimento. O evento busca promover a valorização do patrimônio cultural da cidade por meio de ações que integram tecnologia e artes visuais.
“Com o SE Mapping, queremos levar ao público uma imersão na cultura sergipana, com projeções que contam suas histórias e apresentações ao vivo de grupos que mantêm vivas as tradições populares. Nosso objetivo é transformar as praças públicas em espaços onde cultura, público e memória se encontram”, explica Lívia Cunha, responsável pela direção criativa do festival.
A programação começa nos dias 9 e 10 de janeiro com a oficina de introdução ao videomapping, no Auditório do Arquivo Público Estadual. Gratuita e aberta ao público a partir de 16 anos, a oficina apresentará técnicas dessa arte digital, que combina projeções visuais e tecnologia. As inscrições podem ser feitas online.
Nos dias 11 e 12, os visitantes poderão participar do passeio guiado Rolê Ará, conduzido pelo pesquisador Osvaldo Neto. Com início às 16h, o roteiro parte do Complexo dos Mercados Centrais e segue até a Praça Fausto Cardoso, conectando o público às memórias e histórias da cidade.
A partir das 17h, a Praça Fausto Cardoso contará com uma feira de economia criativa e gastronomia, além de instalações artísticas interativas, como a obra Acaso Surreal, de Kelly Pires (SP), e Digital Landscape, de Homem Gaiola (MG). Outra atração será uma instalação de LED em homenagem a Fausto Cardoso, criada pelo artista MartinZ (BA).
As noites do festival incluirão apresentações musicais e intervenções visuais. No dia 11, a Orquestra Sanfônica de Aracaju abrirá a programação, seguida pelo Grupo Folclórico Parafusos, que retrata a fuga de escravizados das senzalas. O encerramento contará com Pedro Lua, ao lado de Nanda de Aquino e Lari Lima, acompanhados por projeções das artistas Sarah Ahab (SE) e Kelly Pires (SP).
No dia 12, a noite começa com a apresentação do Barco de Fogo, seguida por novas intervenções visuais do Grupo Folclórico Parafusos. O encerramento será realizado pela banda The Baggios, com participação de Sandyalê e Anne Carol, em uma performance acompanhada por projeções visuais de Sarah Ahab.
O festival contará com medidas de inclusão, como interpretação em Libras durante as apresentações de encerramento, audiodescrição nos passeios guiados e um espaço reservado para pessoas com deficiência. “Nesta primeira edição, planejamos uma programação para toda a família, com apresentações ao vivo, mobiliário para o conforto do público e atividades interativas. Tudo isso em um evento gratuito”, afirma Zé Enrique, diretor de produção do festival.
O SE Mapping é idealizado pela Baluart Produtora e pela Agência Ilimitado, com realização do Governo de Sergipe e da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), em parceria com o festival SSA Mapping. Segundo Gustavo Paixão, presidente da Funcap, o evento reflete ações do governo para fortalecer a economia criativa e solidária. “O Sergipe Mapping combina inovação, audiovisual e criatividade, áreas que vêm crescendo em diversos estados, e se alinha às ações do governo no fortalecimento da economia criativa e solidária.”
O festival faz parte do calendário oficial do Verão Sergipe e integra a agenda cultural do estado.