Casamento em Dose Dupla

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Por André Azenha

CASAMENTO EM DOSE DUPLA
Vince Di Meglio
[Smother, EUA, 2007]

Dirigido e escrito por Vince Di Meglio (em parceria com Tim Rasmussen), que foi especialista em efeitos visuais, montador e escreveu também Licença para Casar, esta comédia insípida pode até agradar num dia daqueles em que estamos de bom humor para tudo, afinal, quem já não saiu do sério alguma vez na vida com a intromissão da mãe ou da sogra? E algumas situações são até bem boladas.

Mas se Casamento em Dose Dupla, que chega ao mercado de DVD brasileiro, for analisado com frieza, chega-se à conclusão que é um dos piores papéis da bela e longa carreira de Diane Keaton, co-produtora do longa. Ela faz uma caricatura da figura da mãe super controladora, que acaba mais irritando do que propriamente servindo de contra ponto divertido ao filho interpretado pelo sem sal Dax Shepard.

Despedido, ele passa a trabalhar num local que detesta, e além de viver fugindo da insistência da esposa (Liv Tyler) em engravidar, e hospeda o primo dela (Mike White, o parceiro de moradia de Jack Black em Escola de Rock) em casa, e ainda precisa aturar a presença da mãe dentro de casa.

casamentoemdoseTudo bem, não dá para evitar um pequeno sorriso quando o protagonista lança uma fala do tipo: “Os outros filhos temem pela morte da mãe. Eu temo pela eternidade da minha”. Ou então quando o personagem de Mike White, o colega de moradia de Jack Black em Escola de Rock, diz estar trabalhando em um roteiro – ele foi roteirista de verdade no filme de 2003.

E pra se ter uma pequena idéia do elenco limitado, um dos destaques é Liv (uma atriz nada mais que razoável), no auge da beleza e simpática no papel.

No geral as piadas são frouxas, sem graça. Mas como foi escrito no começo desse texto, se Casamento em Dose Dupla for conferido numa fase de humor em alta, como o deste colunista na ocasião, pode soar divertidinho.