Pela primeira vez na história, a maior escultura carnavalesca urbana do mundo irá subir na Ponte Duarte Coelho na quarta de noite. A partir das 19h, o Galo Gigante da Paz será erguido para saudar os foliões e se tornar o principal cartão postal da cidade até a quarta de Cinzas. Orquestras, passistas, Tribo de Caboclinhos e até uma balsa sobre as águas do Capibaribe, embalada por maestro Forró, irão garantir o brilho da festa, que começa a partir das 17h45.
O início da folia terá como partida Getúlio Cavalcanti e o Bloco das Ilusões. O lirismo dos carnavais saudosos também dialoga com o Galo, cuja crista é grisalha em homenagem aos idosos que não abandonam o Carnaval recifense. Para reverenciar os povos originários que inspiraram parte da escultura, feita em arte plumária, a Tribo de Caboclinhos Tupi fará evoluções aos pés de sua majestade.
Sobre as águas do Capibaribe, Maestro Forró estreia a Balsa Frevo D’Água. Acompanhado de orquestra e passistas de frevo, Forró está escalado para animar a festa e promete muita animação. A programação da balsa se estenderá até o sábado de Zé Pereira, animando foliões e turistas. A noite apoteótica contará ainda com a Orquestra Harmonia e as evoluções de passistas da CiaTrapiá de Dança e da Escola Municipal de Frevo.
Programação do Carnaval 2024
Shows no Marco Zero: Gilberto Gil, Ludmilla, Luísa Sonza, Alceu Valença
Rec-Beat: Letrux, Ana Frango Elétrico, Urias
Praça do Arsenal e Pátio de S. Pedro: Rubel, UANA, Marcelo D2
Olinda, praça do Carmo: Nação Zumbi, MC Tocha, Siba
Olinda, Guadalupe: Conde Só Brega, Dany Myler, Abulidu
Uma Folia de Respeito
Por meio do Programa Colorindo o Recife, promovido pela Secretaria Executiva de Inovação Urbana, os artistas Adelson Boris e Nathê Ferreira utilizarão o grafite como instrumento de conscientização e sensibilização. Cada um fará um painel de arte urbana nos tapumes situados aos pés do Galo da Madrugada. Boris retrata personalidades como Martin Luther King, Dom Hélder Câmara, Cacique Raoni e Madre Teresa de Calcutá. Já a artista Nathê Ferreira traz a ancestralidade presente no mundo contemporâneo, representada por uma criança indígena tupinambá. Ao mesmo tempo, quebra estereótipos e captura a beleza de um casal de idosos dando uma “bitoca” em meio a foliões de diversas cores e traços.
As faces da base de sustentação do Galo ganharam grafites em torno da temática de paz e combate a todos os tipos de preconceito e violência de gênero, além de racismo e QR Code para que os foliões possam acessar as plataformas municipais onde podem realizar denúncias.