Grupo do Brooklyn alia lirismo com temas pesados no segundo álbum
Neste segundo disco esta banda do Brooklyn retornou com um trabalho ainda mais emotivo e pessoal. São muitas referências que soam bastante particulares, desde a capa com um jovem segurando um bebê até versos que sugerem que episódios doloridos estão sendo desenterrados. A voz de Adrianne Lenker (que divide guitarras com Buck Meek) segue mais encorpada, apoiada por uma cozinha uníssona formada por Max Oleartchik (baixo) e James Krivchenia (bateria).
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Musicalmente este disco é mais ousado que a estreia, Masterpiece (2016). O som do grupo ficou menos rebuscado e mais limpo, quase minimalista. Isso acabou reforçando o clima melancólico que perpassa todo esse disco. É um trabalho que soa como uma trilha de desolação para aqueles ouvintes que desejam se desligar para curtir momentos mais introspectivos.
Lenker segue como uma das compositoras mais criativas do indie-rock hoje ao aliar lirismo a temas pesados que chegam contundentes, sem rodeios. Não é um disco de faixas fáceis e há até alguma repetição, sobretudo na metade final. Mas é um trabalho que certamente tem sua beleza.