Artista visual recifense representa Pernambuco em Pajubá, doc sobre pessoas trans no Brasil

Com lançamento previsto para 2024, obra busca dar visibilidade às diferentes vivências e desafios das pessoas trans em cada canto do Brasil

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Fefa Lins gravou com a equipe do documentário na Pinacoteca de São Paulo e também na instalação da sua exposição Vira-Casaca, em uma galeria da capital paulista. (Foto: Lau Baldo/Divulgação).

Em fase de gravações, o documentário Pajubá nasce da proposta de dar visibilidade às diferentes vivências e desafios das pessoas trans em cada uma das cinco regiões do Brasil. Entre os 28 entrevistados está o artista visual recifense Fefa Lins, que representará Pernambuco na produção. A previsão de estreia é para 2024.

“Fefa é um dos maiores artistas visuais do nosso país hoje. Sua obra reflete e nos convida muito a pensar sobre as possibilidades de corpos e existências fora de padrões binários e normativos de gênero e sexualidade, sempre de forma muito singela e afetuosa. Ele é praticamente nosso filme em pessoa”, comenta a autora e roteirista, Hela Santana, escritora negra, trans e baiana.

No último dia 7, Fefa Lins estreou a exposição Vira-Casaca, em São Paulo. Ele gravou com a equipe do documentário na Pinacoteca de São Paulo e também na instalação da mostra, em uma galeria da capital paulista. O documentário é dirigido por Gautier Lee, cineasta negra, angrense e não-binária, e tem produção-executiva de Rubian Melo e Aline Fontes.

“Pajubá representa a pluralidade do nosso país. O Brasil é um país praticamente continental, somos a maior parte da América do Sul e também uma grande parte da América Latina. E a gente está tentando traduzir isso dentro do nosso recorte de vivências, pessoas e cultura trans. Queremos realmente mostrar que existe cultura e existe história trans em todas as partes desse país”, destaca Gautier Lee.