Tomie Ohtake, um dos nomes mais importantes das artes plásticas no mundo, morreu nesta quinta (12), aos 101 anos. A artista nipo-brasileira teve quase 60 anos de carreira onde ficou conhecida como pintora e escultora. As informações são do portal UOL.
Tomie estava internada no hospital Sírio Libanês desde o dia 2 de fevereiro, quando sofreu uma parada cardíaco. Seu quadro apresentou melhoras e ela teria alta no dia 10. No entanto, ela se engasgou com um gole de café, teve uma bronco-aspiração e em seguida uma nova parada.
Seu corpo será velado no Instituto Tomie Ohtake, batizado em sua homenagem, um dos centros mais importantes de artes visuais da América Latina.
Estilo
Dona de um estilo abstrato muito próprio, Tomie ficou conhecida por suas esculturas em dimensões gigantes. Ela foi selecionada oito vezes para a Bienal de São Paulo e nunca parou de trabalhar.
Ao todo foram cerca de 30 esculturas espalhadas por várias cidadees do Brasil. Ela também assina o Monumento à Imigração Japonesa, na Avenida 23 de Maio, em São Paulo, uma de suas obras mais famosas.
Tomie nasceu em Kioto, no Japão e viajou ao Brasil em 1936. Educada para ser dona de casa, ela começou nas artes plásticas relativamente tarde, aos 39 anos, com os filhos já crescidos. Em 1953 ela integrou o grupo Seibi, formado por artistas nipônicos. Fizeram parte Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, Flavio Shiró e Tadashi Kaminagai.
Já naturalizada brasileira ela despontou no cenário das artes plásticas nos anos 1960. Entre os prêmios que recebeu estão o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura, em 2008 e o Grande Prêmio da Crítica de Artes Visuais da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).
Tomie Ohtake deixa dois filhos, o arquiteto Ruy Ohtake e o administrador cultural Ricardo Ohtake.