O filme pernambucano Aquarius, parte da seleção oficial do Festival de Cannes este ano, já tem distribuição garantida em mais de 50 países, além do Netflix. O anúncio foi feito nesta terça (31) pela produção do longa.
A distribuição no Brasil será feita pela Vitrine Filmes, mesma empresa que cuidou do último filme de Kléber Mendonça Filho, O Som ao Redor. Ainda não há data prevista para estreia nas salas de cinema. No exterior os direitos de exibição foram negociados pelo produtor e distribuidor Said Ben Said, que já fechou o lançamento em salas da Europa e Ásia.
“Até o final de junho, deveremos ter vendas confirmadas em todos os territórios para Aquarius”, afirmou nesta segunda-feira, em Paris, Said Ben Said. Até agora, estão fechadas aquisições para a Suíça, Noruega, República Tcheca, Grécia, Turquia, Dinamarca, Espanha, Polônia, Eslováquia, Portugal, Croácia, Bósnia, Eslovênia, Itália, Bélgica, Sérvia e China. Aquarius será lançado também nos cinemas franceses pela própria SBS em 28 de Setembro.
O lançamento nos EUA ainda está sendo negociado e deve ser anunciado nas próximas semanas.
Netflix
Aquarius também será exibido na Netflix, mas por enquanto ainda não no Brasil. O acordo envolve a América do Norte, América Latina (menos o Brasil), Austrália e Nova Zelândia, Grã Bretanha e Ásia (exceto a China). Em cada território, os lançamentos via Netflix serão válidos três meses após os lançamentos em salas de cinema.
O último filme de Kléber Mendonça, O Som Ao Redor, foi exibido na Netflix e também na HBO.
Em paralelo, Aquarius ainda deve rodar o mundo em festivais internacionais. Entre os países confirmados estão Sydney, Austrália, na competição oficial, seguindo para Munique, Alemanha, e Nantes, França.
O longa é estrelado pela atriz Sônia Braga e conta a história de uma crítica de música aposentada que luta para não ser despejada do prédio onde mora. Moradora do Aquarius, último prédio de estilo antigo da Av. Boa Viagem, no Recife, ela irá enfrentar as investidas de uma construtora que tem outros planos para aquele terreno: demolir o Aquarius e dar lugar a um novo empreendimento.
O filme foi bastante elogiado pela crítica quando exibido em Cannes e ainda ganhou holofotes por denunciar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.