Ana Maria Gonçalves, de “Um Defeito de Cor”, é a primeira mulher negra a virar imortal da Academia Brasileira de Letras

Escritora ocupa a cadeira 33, que pertenceu a Evanildo Bechara

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(Foto: Leo Pinheiro/ Divulgação)

Nesta quinta-feira (10) a escritora mineira Ana Maria Gonçalves foi eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela se torna a primeira mulher negra a integrar a instituição em seus 128 anos de existência. Além disso, também será a imortal mais jovem entre os atuais membros.

Ana Maria Gonçalves foi eleita para a cadeira 33, anteriormente ocupada por Evanildo Bechara, falecido em 22 de maio. A escritora obteve 30 dos 31 votos possíveis, resultado que sublinha o reconhecimento de sua obra. 

Escritora, roteirista e dramaturga, o reconhecimento de seu trabalho ganhou força com o romance Um Defeito de Cor, que recebeu o Prêmio Casa de las Américas em 2007 e foi eleito pelo júri da Folha de S.Paulo como o melhor livro da literatura brasileira do século XXI.

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(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A eleição da escritora foi vista como mais um aceno da Academia ao reconhecimento da ausência de diversidade e representatividade entre os imortais. Historicamente, outras mulheres negras, como Conceição Evaristo, tentaram ingressar na ABL, mas sem sucesso. Além de Ana Maria Gonçalves, há apenas outros dois imortais negros: Domício Proença Filho, eleito em 2006, e Gilberto Gil, eleito em 2022.