Contando histórias tradicionais iorubás sobre a orixá Oxum, rainha da água doce, da beleza, do amor, da fertilidade e da maternidade, “Ọ̀sun Ṣẹ̀ngẹ̀sí” é o novo lançamento do grupo Aláfia. A faixa, que mescla elementos do afrobeat e do boogie, adianta o que vem no próximo disco, o quinto da carreira do conjunto. O nome da composição apresenta um adjetivo que exalta o autocuidado da divindade.
Oxum é uma orixá, que nas culturas iorubás, é ligada à riqueza espiritual, material e, também, à capacitação da mulher. Neste sentido, a canção exalta o poder de criação e equilíbrio da grande matriarca. Na letra, duas histórias são contadas, nas quais Oxum se contrapõe a uma perspectiva em que se sentia subjugada, e através de sua sabedoria encontra um ponto de equilíbrio entre o masculino e o feminino.
O próximo disco do grupo é marcado pela devoção de Eduardo Brechó, líder e vocalista do grupo, a Ifá. “Este disco vem bastante baseado nas histórias da literatura do oráculo sagrado iorubá chamado Ifá, no qual sou iniciado e eterno estudante. Eu vivo envolvido nestas narrativas míticas e, durante a pandemia, permiti que esta vivência influenciasse ainda mais minhas composições”, comentou Eduardo.
Ifá é o conjunto de narrativas e o sistema oracular que representam a sabedoria do orixá Orunmilá, o grande adivinho, aquele que testemunhou o momento fundamental da criação de tudo.
Aláfia é Eduardo Brechó (voz e direção), Jairo Pereira (voz), Estela Paixão (voz), Eloiza Paixão (voz) Damião (guitarra e voz), Vinicius Chagas (Sax), Alysson Bruno (percussão), Pedro Bandera (percussão), Filipe Gomes (bateria) e Fábio Leandro (teclado).