O escritor Daniel Longhi lança seu romance de estreia, A Violência Gentil, publicado pela editora Cachalote, selo literário do grupo Aboio. A obra, que explora a memória subjetiva e coletiva, aborda os traumas geracionais e a violência estrutural em um Brasil em constante transformação. O romance acompanha a trajetória de Augusto Baldemar, advogado trabalhista que vive imerso nos dramas e injustiças dos seus clientes.
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Sua rotina monótona é abalada quando ele se vê envolvido em um caso relacionado à sua mãe falecida, forçando-o a confrontar um passado que sempre evitou. Ao longo da narrativa, Longhi percorre décadas da história brasileira, abordando temas como identidade, segredos familiares, masculinidade e transformação, enquanto questiona como a violência pode ser transmitida entre gerações e que mudanças seriam necessárias para interromper esse ciclo.
A obra também oferece uma reflexão sobre a construção da memória e os impactos das violências estruturais, apresentando personagens migrantes que carregam o peso de suas origens. Segundo Thaís Campolina, que assina a orelha do livro, A Violência Gentil é “uma escavação arqueológica subjetiva em busca da verdadeira história de sua família, especialmente de sua mãe”.
A capa do livro, assinada pela artista Heloisa Akiyama, é inspirada no barulho mecânico de um ar-condicionado velho, uma metáfora para a monotonia da vida de Augusto Baldemar. O romance tem 352 páginas e está disponível para venda por R$ 69,90 no site da editora Aboio.
Daniel Longhi, natural de Recife e atualmente radicado em São Paulo, é servidor público federal e mestre em Políticas Públicas pela Universidade de Chicago. A Violência Gentil é seu primeiro romance, e ele já teve textos publicados na Chicago Policy Review.