A 31ª edição do Mix Brasil, o maior festival dedicado à diversidade LGBTQIA+ na América Latina, acaba de anunciar a sua programação completa. O evento, que acontecerá entre os dias 9 e 19 de novembro, em São Paulo, exibirá 119 filmes de 35 países e 13 estados brasileiros e contará ainda com espetáculos teatrais, experiências XR de realidade estendida, games, literatura e performances.
Consuella, filme de Alexandre Figueirôa, que resgata a memória de uma das travestis mais famosas do Recife nas décadas de 1980 e 1990, participa da programação. O documentário, que é uma produção original O Grito!, em parceria com a produtora O Surto & Deslumbramento, será exibido na mostra de curtas-metragens “Meu Nome É…”.
Levante, primeiro longa da brasileira Lillah Halla, eleito o melhor filme das Seções Paralelas pela Federação Internacional dos Críticos em Cannes, abrirá o festival ao lado da première nacional da performance teatral francesa O Futuro, considerada uma exposição em movimento que traz a mensagem humana queer do ritual Shibari. Restrita a convidados, a cerimônia acontecerá na noite de 8 de novembro.
Com o tema “A gente nunca foi tão Mix“, a edição homenageará a atriz, roteirista, dramaturga, diretora e ativista pela representatividade trans no teatro e no cinema, Renata Carvalho. Totalmente gratuito, o evento ocupará sete espaços da capital paulista (Centro Cultural São Paulo, Cinesesc, Spcine Olido, Teatro Sérgio Cardoso, Museu da Imagem e do Som, Instituto Moreira Salles e Museu da Língua Portuguesa), além disso parte da grade será disponibilizada de forma online para todo o Brasil através das plataformas do Sesc Digital, Spcine Play e Itaú Cultural Play.
Na mostra internacional, estão inclusos títulos que fizeram parte da Seleção Oficial de festivais como Berlim, Veneza, Cannes e San Sebastian. Entre os destaques estão o nigeriano Todas as Cores Entre o Preto e o Branco, de Babatunde Apalowo, e o francês Orlando, Minha Biografia Política, de Paul Preciado, ambos vencedores do Teddy Award, troféu destinado a filmes queer em Berlim. A programação completa pode ser acessada no site oficial do Mix Brasil.
Já a seleção nacional reúne obras premiadas dentro e fora do Brasil com temas marcados pelas investigações das afetividades e desafios cotidianos da população LGBTQIA+. Entre eles estão Neirud (SP), de Fernanda Roth Faya; Toda Noite Estarei Lá (ES), de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin; e Tudo O Que Você Podia Ser (MG), de Ricardo Alves Jr. Também estão previstas as estreias de Todos Morrem Tentando Fazer uma Obra Prima (SP), de Gustavo von Ha; M de Mães (SP), de Lívia Perez; e Antígônadá (SP), de Dora Longo Bahia.
Experiências transmídia e multimídia
Com a proposta de unir arte e tecnologia, o Mix Brasil traz espetáculos e performances multimídia e transmídia inéditos no país como Intimidade Virtual, desenvolvido por artistas de Taiwan e da Austrália com a comunidade queer de São Paulo, e Labirinto Feminino, onde monólogos intensos exploram o ciclo da violência doméstica com mulheres trans e cis. As estreias acontecerão no Teatro Sérgio Cardoso e serão disponibilizadas no Cultura Em Casa.
Além disso, nove instalações de experiências XR de realidades estendidas, vindas da França, Finlândia, Chile, EUA e Brasil, serão montadas no Museu da Imagem e do Som (MIS). Paralelamente, nos dias 18 e 19 de novembro, o espaço também receberá o MixGames, programação que vem para celebrar a diversidade e a inclusão com o lançamento de jogos eletrônicos inéditos. A lista completa com as obras pode ser consultada no site do festival.