Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, nasceu em Surubim, no Agreste pernambucano, e dedicou sua carreira à valorização do frevo e dos ritmos nordestinos. Figura central na música brasileira, o compositor se destacou especialmente no cenário cultural de Pernambuco, contribuindo de forma decisiva para transformar o frevo em uma das expressões mais fortes da identidade pernambucana e nacional.
Iniciando sua trajetória musical na década de 1930, Capiba foi apelidado de “Rei do Frevo” por suas mais de 200 composições no gênero. Ele se notabilizou pela criação de melodias e letras que capturavam a essência das ruas de Recife e Olinda, contribuindo para que suas músicas se tornassem indispensáveis nas celebrações carnavalescas. Entre suas obras mais conhecidas estão “Madeira que Cupim Não Rói” e “O Mais Querido”, hino do Santa Cruz Futebol Clube, que ainda ecoam nas festas populares de Pernambuco. Na década de 1940, Capiba também alcançou sucesso nacional com a valsa-canção “Maria Betânia”, popularizada na voz de Nelson Gonçalves.
O trabalho de Capiba foi fundamental não só para o fortalecimento do frevo, mas também para a consolidação da música nordestina no cenário cultural brasileiro. Sua influência se estendeu a diversas gerações de músicos, contribuindo para manter viva a tradição pernambucana em diferentes regiões do país. Artistas como Claudionor Germano, um dos principais intérpretes de frevo, gravaram diversas canções de Capiba, ajudando a difundir seu trabalho e a consolidar seu lugar na música popular brasileira.
Hoje, o legado de Capiba é amplamente reconhecido e reverenciado. Suas composições capturam o espírito do frevo e expressam a riqueza cultural do Nordeste, mantendo viva a chama de uma tradição que continua a inspirar novas gerações. Suas músicas permanecem como uma referência para a cultura pernambucana e brasileira, representando um patrimônio artístico que ressoa em carnavais, festivais e nas celebrações da identidade regional.
*Com informações da Agência Brasil