Fui um dos que se sentiu “órfão” quando a Panini anunciou que encerraria a publicação dos encadernados do caubói casca-grossa. Até então, haviam sido lançadas apenas 36 edições das 70 americanas.
Como a editora se comprometera a publicar todos os 52 títulos do Restart da DC no Brasil, era questão de tempo para que a reformulação de Jonah Hex chegasse por aqui.
Grandes Astros do Faroeste (180 páginas, R$ 21) compila as seis primeiras edições de All-Star Western. Jimmy Palmiotti e Justin Gray foram mantidos como roteiristas das histórias de Hex nesta nova fase, o que significa que a qualidade das histórias continua boa.
Talvez para que o caubói passe a integrar o “novo” Universo DC com mais coerência, os primeiros arcos forçam um pouco a barra ao ambientar a trama em Gotham City, colocar Hex trabalhando ao lado de Amadeus Arkham e fazê-lo descobrir a Batcaverna décadas antes do nascimento de Bruce Wayne.
Descontado isso, a trama é empolgante. No primeiro arco, Hex investiga os assassinatos promovidos por uma poderosa seita que pretende tomar o poder em Gotham; no segundo, o tema é a escravidão infantil.
Felizmente, Jonah Hex continua o mesmo pistoleiro durão e insensível de sempre. Observá-lo sob o olhar científico de Arkham não deixa de ser interessante.
O encadernado traz ainda os dois primeiros arcos de personagens que vêm sendo publicados no título americano All-Star Western: El Diablo e Espírito Bárbaro.
Mesmo não superando a série anterior, esta fase de Jonah Hex não desaponta. E ainda é melhor isso do que ficar sem ver o velho caubói nas bancas novamente.
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