Desde o golpe que afastou a presidenta Dilma Rousseff, a cartunista Laerte vem denunciando todos os retrocessos que estão sendo levados a debate e votação. A PEC 241, que coloca teto nos gastos e limita investimentos em educação e saúde por 20 anos, foi uma das mais atrozes. A charge acima é bem representativa desse período e foi publicada pela autora no Twitter.
Categoria: Ativismo (Página 1 de 2)
O quadrinista Marcelo D’Salete, autor de Cumbe, usou seu desenho como forma de resistência ao governo provisório de Michel Temer.
D’Salete adaptou uma cena de Cumbe, HQ que mostra a luta de negros escravizados durante o período colonial no Brasil, para mostrar indignação ao governo que assumiu o poder através de um golpe parlamentar. A imagem foi divulgada no Facebook do artista.
O paraibano Shiko divulgou em suas redes sociais a imagem acima que registra o presidente interino Michel Temer em toda a sua obscuridade. A foto oficial do golpe na democracia brasileira.
Mais do trabalho de Shiko em seu Facebook.
Laerte Coutinho é uma das cartunistas mais importantes do Brasil. E usa sua relevância com responsabilidade: ou seja, se posiciona sobre um dos momentos mais críticos de nossa história. O desenho acima foi postado em seu Facebook e conclama todo mundo a ir à passeata contra o golpe no dia 31 de março.
A passeata pede o respeito à democracia e se posiciona contra impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Laerte já postou outras tiras sobre a crise institucional hoje no Brasil:
“Fascismo está crescendo… as massas estão sendo empolgadas por uma espécie de falta de direção geral, pela manipulação da mídia e do judiciário numa clara tentativa de derrubar o governo”, disse a quadrinista em entrevista ao TV Poeira.
Uma das tiras de Dahmer sobre o tema.
Os quadrinhistas brasileiros têm sido vozes importantes contra o retrocesso representado pela redução da maioridade penal. A PEC 171 passou em votação de primeiro turno na Câmara dos Deputados nessa quarta (1º) através de uma manobra regimental do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB). Um dia antes, a proposta tinha sido rejeitada pelo plenário.
Nomes como Laerte, Angeli e Jean estão usando a grande mídia para chamar atenção para o tema e o quanto isto vai prejudicar a juventude brasileira – em especial os mais pobres e negros. Outros nomes como André Dahmer consegue bastante repercussão na interwebz com trabalhos tão tristes quanto chocantes. Fizemos uma seleção de autores que estão opinando sobre a maioridade penal. O post vai ser atualizado com novas produções em breve. Conhece alguma charge/tira legal para compartilhar? Diz aí nos comentários.
A charge de João Montanaro, publicada na Folha de S. Paulo, viralizou esta semana.
Bennet, chargista da Folha de S. Paulo, tem feito diversos trabalhos contra o retrocesso da redução da maioridade.
Laerte, uma das mais vozes mais ativas sobre o assunto. Aqui na coluna Laertevisão, na Folha.
As tiras acima foram publicadas na Folha de S. Paulo entre o final do ano passado e o começo deste ano. Daria para fazer um post apenas com o trabalho da quadrinhista sobre o assunto.
Angeli tem produzido charges para a Folha de S. Paulo sobre o assunto desde 2013, como esta acima.
Erramos: Uma versão anterior deste post creditava a Jean Galvão uma tira de João Montanaro. Pedimos desculpas pela mancada.
Enquanto a Rússia segue firme com sua política de homofobia, o contra-ataque também vai forte. Um calendário anunciado semana passada usa o humor para criticar a política de Vladimir Putin e da Igreja Ortodoxa contra gays e lésbicas. “Bigger, Harder, Better!” mostra políticos, membros da igreja e funcionários públicos misturados com elementos do imaginário gay como go-go boys e drags.
A Rússia vem empreendendo uma política de repressão aos direitos gays, o que culminou com leis que banem demonstrações homossexuais em público e também nos meios de comunicação. O país é alvo de críticas de organizações de direitos humanos. Sem falar que anda na contramão do resto do mundo – e da Europa, principalmente – que cada vez mais aumenta os direitos aos gays, como o casamento.
Com a chegada das Olimpíadas de Inverno na cidade russa de Sochi, o país vai sofrer ainda mais pressão, pois diversos atletas são gays assumidos. O Governo já revelou que não irá discriminar nenhum participante, mas que suas leis serão cumpridas com rigor.
Quem quiser apoiar o calendário, basta comprá-lo no site www.orthodox-calendar.com/shop. Custa 16,99 e 10% das vendas serão revertidas para organizações que lutam contra homofobia na Rússia.
Peguei a montagem no fb de Enrico Vargas (dando o desconto para o erro gramatical).
Rafucko é um humorista carioca que está ficando conhecido por causa do vídeo Brazil Without Make-up. O vídeo faz uma crítica em inglês da cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Londres, que representou o Brasil cheio de estereótipos. Com uma maquiagem chamativa, remetendo aos índios, ele dissecou o show, que contou com sambistas, Sorriso, o gari sambista da Sapucaí e até Marisa Monte de Iemanjá.
Autor da direção e roteiro do vídeo, Rafucko é um talento para ficar de olho. O Trabalho Sujo fez um post mostrando outros trabalhos dele, igualmente ótimos como esse. No “Brasil sem maquiagem”, ele faz uma ácida crítica no clichê confortável vendido ao exterior do Brasil como um país da alegria. Pegando como mote tudo o que foi mostrado na homenagem ao Brasil em Londres, ele lembrou do preconceito contra as religiões afro (“Iemanjá estaria mais segura na Inglaterra”) e o baixo salário pago aos garis. Ele mostra contradições no discurso do governador Sergio Cabral, que disse que o Museu do Índio deveria ser demolido por uma exigência da Fifa. A Fifa, por sua vez, negou, tirando o corpo fora.
“A apresentação do Brasil nas Olimpíadas de Londres foi um show muito bonito, mas pouco honesto”. Segundo o Jornal do Brasil, Rafucko afirmou que não recebe nenhum financiamento para fazer seus vídeos. O vídeo segue bombando, e por ser falado em inglês, esperamos que ganhe repercussão internacional. O site da Al Jazeera já repercutiu. Tem coisas que precisamos ouvir. O Brazil Without Makeup tem site oficial e Facebook. E Rafucko posta outros trabalhos em sua página. Vale a pena.
Aconteceu neste domingo (15), com sol forte e cerca de 400 pessoas (não sei fazer cálculo de gente como a polícia, mas muitos mais podem ter ido), o #OcupeEstelita. O movimento foi organizado através das redes sociais, com destaque para atuação do grupo Direitos Urbanos, no Facebook. A ideia foi protestar contra a construção do projeto Novo Recife, que planeja construir 13 torres residenciais e empresariais na região do Cais José Estelita, com importante valor histórico, mas hoje abandonado.
Como o post no blog do Direitos deixa claro, a manifestação de hoje não foi apenas contra as novas torres, e sim contra todo o atual projeto de urbanismo e mobilidade da cidade, como os viadutos da Agamenon Magalhães. Ou seja, envolve meio-ambiente, cidadania, respeito à memória afetiva da cidade, mobilidade, urbanismo. Saiba mais sobre os projetos e as mobilizações, aqui. E para formar sua opinião conscientemente, leia também o outro lado, através de um comunicado oficial das construtoras, nesta matéria.
Abaixo, as fotos de hoje. O que vi por lá: Muitas crianças, cachorros, piscina de plástico, show de Catarina Dee Jah, circo, LaUrsa, maracatu, gente jovem, idosa, barco pirata, abaixo-assinado. O trânsito não foi fechado em nenhuma das vias momento algum. Alguns carros foram parados para que meninas de biquini mostrassem cartazes chamando atenção para a manifestação. Essa foi uma das partes mais divertidas do Ocupe. “A revolução é irresistível”.
O blog Direitos Urbanos, que nasceu do grupo de mesmo nome no Facebook, está organizando a manifestação neste domingo que pede uma cidade mais democrática e com mais apreço pela memória do Recife. Tudo o que você precisa saber sobre o movimento e como chegar está aqui.
Tem mais arte da manifestação!
Por Karina Buhr
#NovaAgamenonNao
Na edição deste mês, o arqDEBATES, evento criado por estudantes e arquitetos com o intuito de discutir a arquitetura na nossa cidade sob os diversos aspectos, traz como tema a mobilidade urbana, com o objetivo de avaliar a solução apresentada pelo Governo do Estado, sugerindo alternativas ao atual projeto de mobilidade proposto.
“O crescimento desordenado atrelado à ineficácia do planejamento urbano de nossa cidade é tema constante de todos os cidadãos que sofrem com a precariedade do sistema de transporte público. Na tentativa de solucionar a problemática de mobilidade urbana, o governo do Estado propõe a construção de quatro viadutos sobre cruzamentos da Av. Agamenon Magalhães, cujos impactos serão em grande escala e sua eficácia de curto prazo”, reclamam os organizadores.
Mais aqui.