Desde o golpe que afastou a presidenta Dilma Rousseff, a cartunista Laerte vem denunciando todos os retrocessos que estão sendo levados a debate e votação. A PEC 241, que coloca teto nos gastos e limita investimentos em educação e saúde por 20 anos, foi uma das mais atrozes. A charge acima é bem representativa desse período e foi publicada pela autora no Twitter.
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Adorando essa nova série de Laerte, publicadas em seu blog, Manual do Minotauro. Aquiles, um cachorro branco que se depara com diversas impossibilidades do mundo cotidiano, sempre com um olhar impassível ao que acontece ao seu redor.
Entra para uma das melhores tiras dessa atual fase da quadrinista, cada vez mais reflexiva e complexa nas abordagens e experimental na narrativa. Quem ainda não conhece o depositório de tiras de Laerte, não deve perder mais tempo.
Uma das tiras de Dahmer sobre o tema.
Os quadrinhistas brasileiros têm sido vozes importantes contra o retrocesso representado pela redução da maioridade penal. A PEC 171 passou em votação de primeiro turno na Câmara dos Deputados nessa quarta (1º) através de uma manobra regimental do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB). Um dia antes, a proposta tinha sido rejeitada pelo plenário.
Nomes como Laerte, Angeli e Jean estão usando a grande mídia para chamar atenção para o tema e o quanto isto vai prejudicar a juventude brasileira – em especial os mais pobres e negros. Outros nomes como André Dahmer consegue bastante repercussão na interwebz com trabalhos tão tristes quanto chocantes. Fizemos uma seleção de autores que estão opinando sobre a maioridade penal. O post vai ser atualizado com novas produções em breve. Conhece alguma charge/tira legal para compartilhar? Diz aí nos comentários.
A charge de João Montanaro, publicada na Folha de S. Paulo, viralizou esta semana.
Bennet, chargista da Folha de S. Paulo, tem feito diversos trabalhos contra o retrocesso da redução da maioridade.
Laerte, uma das mais vozes mais ativas sobre o assunto. Aqui na coluna Laertevisão, na Folha.
As tiras acima foram publicadas na Folha de S. Paulo entre o final do ano passado e o começo deste ano. Daria para fazer um post apenas com o trabalho da quadrinhista sobre o assunto.
Angeli tem produzido charges para a Folha de S. Paulo sobre o assunto desde 2013, como esta acima.
Erramos: Uma versão anterior deste post creditava a Jean Galvão uma tira de João Montanaro. Pedimos desculpas pela mancada.
A cartunista Laerte anunciou seu voto em Dilma. Militante dos direitos LGBT, ela revelou o chamado “voto crítico”, ou seja, não morre de amores pelo histórico da candidata do PT em relação aos assuntos relacionados aos homossexuais e transgêneros, mas acredita que é melhor do que votar em Aécio Neves (PSDB). No primeiro turno, Laerte militou a favor de Luciana Genro (PSOL).
A imagem foi publicada na fanpage Primavera com Dilma. Quais outros cartunistas e quadrinistas estão revelando seu voto? Avisem nos comentários ou em nosso Facebook.
A quadrinista Laerte ganha uma das maiores exposições de sua carreira a partir deste sábado (20), em São Paulo.
De 20 de setembro a 2 de novembro, o Itaú Cultural apresenta a Ocupação Laerte, abordando toda a produção artística da autora, mas também suas militâncias políticas e sociais. Com curadoria de seu filho, o artista visual, roteirista e quadrinista Rafael Coutinho, a exposição conta com a cenografia de Fred Teixeira.
A última grande exposição de Laerte foi no último Festival Internacional de Quadrinhos, o FIQ, em Belo Horizonte, em novembro do ano passado.
Esta nova mostra apresenta cartuns, desenhos, quadrinhos, ilustrações, curtas-metragens. Ela ocupa 120 m² do espaço expositivo, onde o visitante encontra cerca de 2 mil obras, entre elas uma autocaricatura da quadrinista dançando com o Minotauro, feita especialmente para a exposição. Do total de obras, cerca de 300 são originais, 400 imagens digitais em tablets e aproximadamente 1500 impressas –, selecionadas entre milhares, com destaque para um painel ao fundo da exposição com exatas 900 tiras.
Idealizada como um labirinto, em que o visitante decide por qual das cinco entradas e saídas começa e termina o percurso, a Ocupação Laerte traz desde desenhos que ele fez quando tinha 8 anos, em registros remotos de 1958-1959 até hoje. “O eixo dos anos 80 se destaca porque é onde está a maior quantidade de suas obras”, disse Rafael.
Outra trajetória importante do labirinto, ainda de acordo com o curador, será a dos tempos do sindicato. “São as tirinhas que ficaram presas na memória de um período político importante – o da ditadura militar – e permaneceram nos arquivos da OBORÉ por muito tempo”, diz. A seleção das obras deu espaço ainda a tiras publicadas nos principais jornais do país, na militância na revista Balão, nas revistas de banca da editora Circo, na Placar.
Transgênero e contra-cultura
Além do hotsite que naturalmente acompanha a Ocupação física, o Itaú Cultural publica uma revista virtual que revela muito do labirinto criado por Laerte, com tiras, desenhos, um ensaio fotográfico, além de textos que analisam tanto a pessoa quanto o seu trabalho. A psicanalista Letícia Lanz, também mestre em sociologia e economista, assina textos onde se debruça na questão da transgeneridade a partir da artista. “Apesar das impropriedades e desacertos em torno dessa identidade de gênero, Laerte é hoje reconhecida como um dos principais ícones do mundo transgênero no Brasil”, escreve ela.
A Ocupação Laerte é a vigésima da série de ocupações promovida pelo instituto desde 2009. Nomes como Angeli, Paulo Leminski, Haroldo de Campos, Zé Celso Martinez e outros já ganharam mostras.
Visitação é de de 21 de setembro a 2 de novembro de 2014, de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h. Entrada franca. O Itaú Cultural fica na Avenida Paulista, 149, em São Paulo.
Esta charge de Laerte Coutinho é de dias atrás, mas começou a circular com mais força online no dia da disputa do 3º lugar, entre Brasil e Holanda, no sábado (12). O autor mais uma vez usou seu traço para denunciar o machismo e homofobia, que infelizmente, ainda são predominantes no futebol.
As meninas do (ótimo) blog Lady’s Comics fizeram um vídeo bem interessante sobre o papel das mulheres e a representação feminina nos quadrinhos. Elas aproveitaram o último Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) para conversar com diversas quadrinistas.
Foram entrevistadas para o vídeo Ana Luiza Koehler, Ana Recalde, Beatriz Lopes, Cris Peter, Marilia Bruno, Julia Bax, Laerte, Petra Leão, Érica Awano, Roberta Nunes e Mariá Raposa Branca. O resultado é esse abaixo. Sobre o assunto do papel da mulher nas HQs, vale a pena ler esse texto de Dandara Palankof na Revista O Grito!.
A atriz Vera Holtz, conhecida pelas diversas novelas que fez na TV Globo, apresentou as novidades para a editora independente de quadrinhos Narval Comix para 2014.
Fundado por Rafael Coutinho (Cachalote) e Laerte (Piratas do Tietê, Vizinhos), a editora vem publicando HQs autorais de artistas brasileiros.
“Não somos mais independentes aqui na Narval. A loja/editora bateu o ano 4, montamos uma pequena equipe e já não fazemos as coisas como um independente faz. Somos independentes no sentido mais amplo da palavra, podemos nos dar ao luxo de realizar projetos que ainda jogam fora do esquema editorial. Já assumimos grande parte dos riscos dos quais a maioria das editoras pequenas foge: vendemos pra grandes livrarias, passamos a trabalhar com distribuição nacional, emitimos nota e pagamos toda parte chata dos impostos que não são cobrados pra quem fatura muito pouco. Tudo ainda é bem novo aqui dentro, esperamos que dê certo, atiramos pra cima algumas vezes já, ou seja: temos uma ideia aproximada de onde a bala cai.” Vale a pena ler o texto de apresentação completo da Narval.
Laerte, uma das quadrinistas mais importantes do País, não para de remexer no lugar-comum da sociedade brasileira. Ela está nua na edição deste mês da revista Rolling Stone Brasil, que completa 7 anos. A artista se despiu física e metaforicamente pela primeira vez desde que passou a se travestir há quatro anos.
Foi na revista Bravo, em 2010, que Laerte revelou sua condição de cross-dresser, palavra desconhecida àquela época e que chamou atenção de seus leitores. Depois, já habituado à palavra “travesti” e referindo-se a si mesmo no feminino, conseguiu com sua história chamar atenção para condições de pessoas iguais a ela. O cartunista já dava sinais desse seu processo de mudança através do personagem Hugo, que começou no caderno de tecnologia da Folha de S. Paulo e aos poucos revelou o desejo de se vestir como mulher.
A edição conta detalhes dessa transformação de Laerte. A Rolling Stone chega às bancas de São Paulo nesta semana e no resto do Brasil a partir do dia 18.
O blog NadaErrado, parceiro da Revista O Grito!, criou um projeto muito massa para homenagear Laerte, o “Quero Ser Laerte”. A ideia é que ilustradores e quadrinistas mandem trabalhos inspirados no cartunista.
Laerte é também o homenageado do Festival Internacional de Quadrinhos, o FIQ, que acontece esta semana em Belo Horizonte, com entrada gratuita. Para saber mais sobre o projeto e como participar, aqui o link.
A tira Lola, a Andorinha, do cartunista Laerte, ganhará uma versão em livro. O lançamento é da editora Narval Comix, que publicou recentemente a HQ Vizinhos, do mesmo autor.
As tiras de Lola são publicadas no blog Manual do Minotauro, que traz tiras diárias de Laerte e também na Folha de S. Paulo. O trabalho tem tiradas filosóficas e um tom mais leve, que dialoga com crianças. Não por acaso, a série era um dos destaques do caderno infantil da Folha.
O livro está em pré-venda e tem 106 páginas. Custa R$ 40,50. Abaixo mais tiras de Lola.
Enquanto a imprensa brasileira estava fazendo loas para a presença do papa Francisco no Brasil – com direito a transmissão de missa ao vivo – o cartunista Laerte foi mais lúcido. Em sua tira Laertevisão, na Folha, ele tirou onda sobre o marketing “papa humilde”, que tantos fazem questão de enaltecer.