O consistente elo sonoro construído por Maria Beraldo em seu novo álbum, Colinho, vai ser transposto para novo contexto. Depois da estreia digital, o aguardado disco, lançado seis anos após o primeiro trabalho da artista, vai ganhar agora os palcos. Num arco que vai diluindo as fronteiras entre o free jazz, o pop, o samba, o choro, o folk, o punk, o funk, Beraldo celebra ao vivo as 11 canções – dez delas próprias – do novo disco, agora incluindo novas colaborações para o palco.
“Fico pensando nessa mania de lidar com o roteiro de um show, de um disco, que de alguma forma seria influenciada pelo teatro que eu faço, que é influenciado pela minha relação com a música e com as obras que eram feitas com o pensamento de uma história sendo contada. Terão algumas surpresas no show e é um enorme prazer trabalhar no palco do Pompeia, pela forma dele, o que ele tem, pela arquitetura da Lina, pela personalidade imensa que aquele espaço tem” pontua Hirsch
O espetáculo dá corpo aos fios que amarram o conceito do álbum, com uma construção cênica/performática que já é marca de Maria Beraldo – como no show de CAVALA, antecessor de Colinho. Se em CAVALA a artista simbolicamente fincou os dois pés no chão para levantar uma bandeira, em Colinho ela solta os pés, percorre diferentes universos e sente a liberdade de transitar, transicionar, transformar. No palco, a artista é acompanhada por dois instrumentistas de peso: Fábio Sá e Sérgio Machado e, e em trio, eles irão transitar por uma instrumentação diversa, revezando-se entre piano, baixo, synths, guitarra, clarinetes e bateria. A direção musical é de Maria Beraldo.
Sobre Colinho
Construído após um hiato de seis anos, o novo disco de Maria Beraldo apresenta uma perspectiva única para a canção pop, na ponta de lança do contemporâneo. Maria caminha por sonoridades singulares, enquanto conjuga o (seu) sexo no mundo. O álbum ressoa o coletivo a partir de uma investigação particular onde, implícito ou explítico, o sexo e a sexualidade são a lente por onde se vê. É ele quem dita a dinâmica rítmica, melódica e textual de cada composição. Ainda assim, o disco aflora subjetividades diversas ao longo de seus mais de 40 minutos, criando intimidade com o ouvinte ao tocar sentimentos universais e acolhendo a comunidade queer com a tão importante representatividade.
Colinho ecoa como um jogo onde as fronteiras são borradas e as dualidades diluídas, fazendo com que as 11 canções, nove delas inéditas, soem frescas, e a novidade seja experimentada em cada escuta.
Produzido por Maria Beraldo e Tó Brandileone, o álbum conta também com reconhecidos instrumentistas da música brasileira contemporânea como Thiago França, Rodrigo Campos, Fábio Sá, Sérgio Machado, Marcelo Cabral, Chicão, entre outros – além de Maria e Tó, que tocam inúmeros instrumentos nas faixas. Colinho conta ainda com arranjos para cordas escritos por Beraldo, e cria pontes entre os universos eletrônico e acústico, passeando pelo jazz, punk, pop, música eletrônica, música de ruído e de concerto, sem nunca perder o foco na canção.
Com caráter autobiográfico, Colinho dá continuidade ao caminho aberto por CAVALA, agora com um toque a mais de alegria e prazer e um toque a menos de dor. Entre a poesia e a sacanagem, um colo à população queer.
Maria Beraldo lança Colinho
4 de dezembro – quarta-feira – 21h
Teatro do SESC Pompeia
Preço: R$ 18 (credencial plena), R$ 30 (meia entrada) e R$ 60 (inteira)
Venda de ingressos online a partir do dia 26/11 e nas bilheterias das unidades a partir de 27/11
Rua Clélia, 93 – Pompeia