Na quinta-feira (9), Malmö, Suécia, foi local de protesto, enquanto milhares de manifestantes pró-Palestina se reuniram na cidade anfitriã da competição Eurovision de 2024 para expressar sua indignação contra a participação de Israel no concurso de música.
A manifestação ocorreu na praça central Stortorget, a cerca de 7 quilômetros do local da competição. Um dos pontos focais do protesto foi a apresentação da competidora israelense Eden Golan, de 20 anos, que estava programada para apresentar sua música Hurricane na segunda semifinal do concurso ainda naquela quinta-feira.
O evento, que atraiu cerca de 100 mil visitantes à cidade do sul da Suécia para o festival anual, ocorreu em meio a contínuos protestos e boicotes em resposta à recente escalada de conflitos entre Israel e o Hamas.
Estima-se que cerca de 5 mil pessoas participaram da manifestação, que foi marcada por apelos pela liberdade da Palestina e críticas à participação de Israel no concurso.
União Europeia de Radiodifusão (EBU), organizadora do concurso, reiterou sua posição de que o Eurovision é apolítico. No entanto, críticos da participação de Israel destacam precedentes, como a exclusão da Rússia em 2022 após a invasão da Ucrânia, e Belarus em anos anteriores.
Além destes eventos, poucas horas antes da final da competição, houve uma crise quando a Holanda foi proibida de participar. O músico holandês Joost Klein, que deveria cantar Europapa, não compareceu ao ensaio e foi investigado por supostas ameaças ilegais contra um funcionário do evento. Os organizadores decidiram desqualificá-lo da competição, o que gerou protestos de fãs e da emissora holandesa AVROTROS, que o escolheu.
O Eurovision é um evento anual que reúne países europeus e, mais recentemente, alguns convidados de fora do continente, em uma competição musical. Desde sua criação em 1956, o Eurovision tem sido um dos concursos mais assistidos pelo público.