O Que Eu Descobri: O samba amazônico de Arthur Espíndola

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Foto: Divulgação.
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O post da semana me vai ser duplamente delicioso por que vai conseguir juntar a música paraense e o samba, duas das minhas maiores paixões. Então “senta que lá bem história”. E a historieta de hoje vai versar sobre a vertente do samba amazônico de Arthur Espíndola.

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E eu descobri o som dele assim: Domingo passado (22) estávamos eu e DJ 440 (leia-se o homem por detrás da Terça do Vinil) no Clube do Samba do Recife, lá na Rua da Moeda, quando ele comentou que Fafá de Belém tinha passado pra ele um pendrive com o material de Arthur Espíndola, cujo som seria definido como ‘Samba Amazônico’.

Sem mais, 440 me repassou o link de sua Discoteca Nacional onde já tinha disponibilizado o material do Arthur pra download. Sua proposta alia a musicalidade do Norte do país ao samba tradicional, promovendo um namoro entre sonoridades como carimbó, marabaixo e lundu ao mais carioca dos ritmos.

O resultado é um samba gostoso, de responsa e malemolente, mas com a percussão tipicamente amazônica com os tons das cordas do norte. Destaque para ‘Tô fora de moda’, faixa que ganha o banjo regional de Mestre Curica e o violão de Felipe Cordeiro, acompanhado de uma Gaby Amarantos mandando bem num samba avesso às tecnologias.

Há faixas que trazem uma sanfona que chora um quê de baião e um lindo samba-canção com efeito de guitarra havaiana (O que tem pra me dar). Ex-morador do Rio de Janeiro, o carioca conseguiu participações de peso nesse CD, que vem a ser o segundo da sua carreira: além dos paraenses ilustres acima citados, a bolachinha traz a presença da Velha Guarda da Mangueira, como você pode conferir no clipe de ‘A Passista’:

Além das bênçãos de Fafá de Belém, o artista flerta – seja no CD ou na gravação de seu DVD – com parceiros como Wilson das Neves, a paraense Luê Soares e João Cavalcanti, à frente da banca carioca de samba Casuarina. Assim como seus conterrâneos da atual geração musical paraense: merece atenção. Eu indico.