Morreu Steve Ditko, co-criador do Homem-Aranha e Doutor Estranho, aos 90 anos

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Foto: Reprodução/MarvelComics.com

Steve Ditko, co-criador do Homem-Aranha e Dr. Estranho, morreu aos 90 anos nos EUA, segundo informou o Hollywood Reporter. A causa da morte ainda não foi anunciada. O seu corpo foi encontrado em seu apartamento e acredita-se que tenha falecido dois dias antes.

Ditko foi o criador do Homem-Aranha em 1961, ao lado de Stan Lee. Todo o visual do personagem, incluindo as cores, as teias embaixo do braço e os lançadores, foram imaginados por Ditko. A estreia aconteceu na revista Amazing Fantasy #15. Ele também ajudou na criação de personagens icônicos como o Dr. Octopus, Homem-Areia, Lagarto e Duende Verde.

Em 1963 ele criou o Doutor Estranho, muito inspirado pela psicodelia do período e também no crescente interesse em misticismo em voga à época dentro da cultura pop. O personagem estreou em Strange Tales #110.

Ditko deixou a Marvel após uma briga com Stan Lee, como mostra o livro Marvel Comics – A História Secreta. Entre as razões estava, as diferenças criativas e a falta de crédito e reconhecimento por seus trabalhos. Ele trabalhou em diversas editoras menores e também na DC Comics.

Seu estilo inspirou diversos outros artistas no futuro e ajudou a firmar o estilo dos comics norte-americanos pós-anos 1960. Ele trouxe uma narrativa mais fluída e menos pomposa que os anos anteriores, o que dava um aspecto moderno para as histórias da Marvel naquele momento.

Nascido em Johnstown, na Pensilvânia (EUA), Ditko serviu no exército no pós-Guerra na Alemanha e se mudou para Nova York nos anos 1950 logo após a dispensa militar. Ele se formou na School of Visual Arts e começou a trabalhar com quadrinhos – inicialmente na Atlas Comics, que mais tarde viria a se tornar a Marvel Comics.

Era um dos artistas mais reclusos dos quadrinhos norte-americanos, pois negava todos os pedidos de entrevistas. Quase nunca aparecia em frente às câmeras e era bastante seletivo com amizades. Ele manteve um estúdio em Manhattan até sua morte, onde estava sempre desenhando. Grande parte desse material permanece inédito.

Ditko não deixa descendentes conhecidos.