Janela de Cinema 2016: sessões de clássicos tem desobediência como tema e exibe Apocalipse Now, Robocop e Hair

Apocalypse Now Divulgacao
Apocalipse Now, em nova cópia, no Janela. (Divulgação).
Apocalipse Now, em nova cópia, no Janela. (Divulgação).
Apocalipse Now, em nova cópia, no Janela. (Divulgação).

O Janela Internacional de Cinema do Recife anunciou o seu programa de clássicos restaurados. Serão treze longas que têm como tema “Desobediência”. Entre os destaques, estão produções de Francis Ford Coppola, Paul Verhoeven e Milos Forman.

O festival acontece nos próximos dias 28 de outubro a 6 de novembro, no Cine São Luiz. A novidade deste ano é a inclusão de um filme-surpresa que será anunciado somente na sua projeção. “Essa série de filmes do passado dialogam claramente com o presente em que a gente vive. E não só isso, os Clássicos do Janela também se comunicam com os filmes atuais que são exibidos no festival. Todos os anos é difícil essa escolha, porque temos muitos arquivos de distribuidoras da França, Inglaterra e Estados Unidos, com as quais temos contatos há anos. E fazer com que os filmes dialoguem entre si é um desafio instigante e interessante de ver”, explica o diretor e curador do Janela Internacional de Cinema do Recife, Kleber Mendonça Filho, por e-mail.

Leia Mais: a programação de curtas do Janela 2016

O programa traz obras de mestres como Francis Ford Coppola (com o épico Apocalypse Now, vencedor da Palma de Ouro em Cannes), John Carpenter (com o thriller oitentista Eles Vivem, que estreou em 1988 no extinto Art Palácio e volta à grande tela do Recife 28 anos depois), Sidney Lumet, Milos Forman, Abel Ferrara, além de títulos emblemáticos de animação, aventura e ficção, entre eles Pinóquio (1940), de Walt Disney, e Memórias do Subdesenvolvimento (1968), de Tomás Gutierrez Alea.

“Muitos dos filmes têm uma relação forte com Recife, como é o caso de Apocalypse Now, que ficou seis meses em cartaz no Cine Veneza no ano de 1980, e acho que agora vai ser uma sessão bem forte no São Luiz. Outro título é Robocop, lembro de ver esse filme no Cine São Luiz 29 anos atrás, exatamente neste mês de outubro, uma produção muito anárquica e irreverente”.

Outras sessões de destaque são O Porteiro da Noite, de Liliana Cavani, obra de 1974 que projetou a atriz Charlotte Rampling para o estrelato na pele de Lucia Atherton, uma sobrevivente de campo nazista que reencontra seu torturador num hotel de Viena; e o clássico underground 1 Berlim-Harlem, dos cineastas Lothar Lambert e Wolfram Zobus, que será exibido em cópia de 35mm cedida pela Cinemateca Alemã. Projetado na Berlinale deste ano, em homenagem aos 30 anos do prêmio Teddy, essa película borra as fronteiras de ficção e documentário com a história de um soldado negro americano que, ao tentar viver em Berlim, tem sua vida marcada por aventuras sexuais, racismo e fetichismo.

Veja a lista de longas clássicos.

Clássicos do Janela 2016 – em DCP e 35 mm

Apocalypse Now (idem, EUA, 1979, 153 min), de Francis Ford Coppola
Eles Vivem (They Live, EUA, 1988, 93 min), de John Carpenter.
Hair (idem, EUA, 1979, 121 min), de Milos Forman.
Memórias do Subdesenvolvimento (Memorias del SubDesarrollo, Cuba, 1968, 97 min), de Tomás Gutierrez Alea.
O Criado (The Servant, Reino Unido, 1963, 116 min), de Joseph Losey.
O Porteiro da Noite (Il Portiere di Notte, Itália, 1974, 118 min), de Liliana Cavani.
O Tambor (Die Blechtrommel, Alemanha, 1979, 162 min), de Volker Schlöndorff.
Pinóquio (Pinnochio, EUA, 1940, 88 min), de Walt Disney.
RoboCop – O Policial do Futuro (Robocop, EUA, 1987, 102 min), de Paul Verhoeven.
Sedução e Vingança (Ms. 45, EUA, 1981, 80 min), de Abel Ferrara.
Um Dia de Cão (Dog Day Afternoon, EUA, 1975, 125 min), de Sidney Lumet
1 Berlim-Harlem (idem, Alemanha, 1974, 100 min), de Lothar Lambert e Wolfram Zobus.
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