Festival de Brasília de mente aberta para o mercado de cinema

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Krishna Mahon foi uma das convidadas. (Foto: Divulgação).

Festival de Brasília cria evento para estimular inovação e novos projetos no mercado audiovisual

Da Revista O Grito!, em Brasília

Na comemoração dos seus 50 anos, o Festival de Brasília de Cinema Brasileiro inovou lançando programação voltada para o mercado de cinema e audiovisual dirigida a profissionais do setor, mas também a estudantes. O evento Ambiente de Mercado que se iniciou no dia 19 e termina amanhã, dia 22 de setembro, é parceria do Festival com o Programa Conexão Cultura DF e exibe Clínicas de Projetos, Oficinas, Pitchings, Paineis com palestras e debates com players, agentes de festivais de cinema, distribuidoras e canais de TV.

A ação conjunta da organização do Festival com a Secretaria Estadual da Cultura do Distrito Federal, representada na abertura pelo Secretário Guilherme Reis, contou ainda com o apoio do SEBRAE, BNDES, Secretaria do Audiovisual (SAV).

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Ana Arruda em Brasília. (Divulgação).

À exceção da clínica, uma consultoria, todas as sessões são abertas e acontecem no Centro Cultural Brasil 21 do Hotel Meliá, no setor Hoteleiro Sul, quadra 6. “No ano que vem, teremos também as rodadas de negócios”, explica a coordenadora do evento Ana Arruda, pois a ideia é que os projetos amadureçam antes de serem apresentados para as empresas.

Para ela, é importante a presença tanto de empresas internacionais, quanto nacionais, privadas e públicas na programação. Essa característica faz com que o evento se assemelhe a uma iniciação ao desenvolvimento como iniciação para quem pretende desenvolver projetos na área, e atraiu muitos jovens. Mas não só.

Veterana, a diretora de fotografia e produtora Katia Coelho estava participando da Clínica com dois projetos,Memória das Águas (Série TV / Documentário / DF), e o longa de ficção Diário de Viagem, ambos com Nadji Sidikie. O Painel 5, marcado para o dia 22, intitulado Conexões: estratégias de internacionalização, reflete essa diversidade, trazendo para debater Maria Nuñez (Ventana Sur); Mary Morita (Brazilian Content); Eduardo Raccah (consultor); Mariana Soares (SeCult/DF). Mediação: Ana Julia Cabral (ANCINE).

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Oficina de pitch oferecida pelo festival. (Divulgação).

Sensação à parte foram os debates com diversos players ligados a grupos internacionais e nacionais como Barbara Sturm (Elo Company), Luiz Bannitz (Looke), Maria Rita Nepomucemo (CineBrasilTV), André Saddy (Canal Brasil), Igor Kupstas ( 02 Play), Carolina Rapp (Globo Filmes). Uma das players mais assediadas é a gerente de conteúdos originais Krishna Mahon, dos canais History Channel, A&E, LifeTime e H2, uma joint venture que reúne Hearst Corporation, ABC-Disney e NBC dentre outras.

A cota de conteúdo nacional da Lei da TV Paga é de apenas 3h30 no horário nobre, mas foi superada e chegou à média de 5 horas e 12 minutos em 2016, conforme dados da Ancine (Agência Nacional de Cinema).

Mahon tem um canal no Youtube, o Imprensa Mahon, em que dá dicas de como montar projetos de cinema, série e websérie para emissoras e grupos de entretenimento em geral. E ela estimula os jovens a colocar no papel suas ideias baseadas em suas próprias experiências pessoais. “Aposto nos novatos sempre, pois eles têm mais chance de estar criar em sintonia com o mundo virtual do que um profissional com trajetória consolidada que vem de outra geração”, diz. O canal se tornou referência pelo doc reality, mas o primeiro grande sucesso de Mahon foi Até que a morte nos separe, um factual sobre crimes passionais, exibido pela A&E.