Fela Day será celebrado em Olinda com Abeokuta e DJ Soma

Jedson Nobre Aka Abeokuta Djset

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Olinda entra mais uma vez na rota de comemorações do Fela Day, evento que celebra o nascimento do músico nigeriano Fela Kuti ao redor do mundo. A quarta edição do Fela Day PE será realizada no dia 15 de outubro, às 19h, n’A Casa do Cachorro Preto. Este ano as atrações são os DJ Soma e Vinícius Leso e o projeto Abeokuta Djset, do músico e pesquisador Jedson Nobre. A entrada custa R$ 10, à venda no local.

O Fela Day no Brasil é realizado pela Articulação Nacional Fela Kuti. “Várias cidades do Brasil como Salvador, São Paulo, Rio de janeiro e Porto Alegre participam. O movimento tem com objetivos a discussão e fortalecimento do Afrobeat no Brasil e a data do nascimento de Fela Kuti, 15 de outubro, não poderia passar em branco. Nesta época, ativistas, músicos, artistas e coletivos se juntam e fazem festas e atividades”, explica Jedson Nobre, organizador do evento.

Jedson Nobre é um dos membros e fundador da Abeokuta Afrobeat, primeira orquestra do gênero em Pernambuco. Suas apresentações musicais como o Abeokuta Djset vão além do Afrobeat difundido na Nigéria, apresentando ainda outros estilos musicais do continente africano como o Highlife, Juju Music, Ethiojazz, Sakpata, Sato, Agbadja, Tchenkoumé e Cavacha, estes de países como Ghana, Benin, Mali, Togo, Angola e Etiópia.

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O baixista da Abeokuta é um grande admirador de Fela Kuti e decidiu colocar uma antiga vontade de trabalhar com música africana em prática após uma viagem ao Rio de Janeiro em maio de 2012. Na ocasião, conheceu o baterista Tony Allen e o guitarrista OgheneKolgbo – ambos ex-parceiros e integrantes da Africa 70 de Fela Kuti. Jedson ainda participou de uma jamsession com B. Negão, André Sampaio e Abayomy Afrobeat Orquestra.

Fela Kuti foi um dos maiores nomes da música africana e inspirou artistas em todo o mundo. Nos anos 1960 ele fundou o afrobeat ao mesclar jazz, funk e percussão africana criando um ritmo que elevou a música africana a um patamar contemporâneo, com suíngue e críticas sociais. As letras que passeiam entre o iorubá (dialeto africano) e o inglês deram a luz a um novo conceito musical.

https://www.youtube.com/watch?v=4MUqZQSQzZc