Exposição de Bruno Faria no Mamam lembra episódio de sumiço de obras

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O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, o Mamam, inaugura uma exposição que é, ao mesmo tempo, uma provocação e uma homenagem a um dos momentos mais absurdos da arte contemporânea em Pernambuco.

Onde Estão as Minhas Obras?, do artista Bruno Faria parte de um olhar sobre a história e memória da própria instituição. A curadoria é da crítica de arte e curadora Clarissa Diniz. Ocupando todo o salão térreo do museu, Faria traz pixações e materiais espalhados pelo chão.

Antes de ser Museu, o Mamam, era uma galeria de arte: primeiramente Galeria Metropolitana de Arte do Recife, depois Galeria Metropolitana de Arte Aloisio Magalhães, até sua configuração atual. A exposição, parte de um acontecimento presenciado pelo próprio artista, em 1999, quando na abertura da individual do artista Arthur Ohmar, as obras deste não chegaram a tempo da abertura da mostra, perdendo-se no trajeto Rio de Janeiro/Recife, por um erro da transportadora que terceirizou para uma outra empresa o transporte das obras em um caminhão de transportes de galinhas.

Durante a abertura, Arthur Ohmar revoltado causou uma grande euforia pixando as paredes do Museu. Para a exposição, Bruno Faria retoma esse fato apresentando uma instalação desenvolvida especialmente para a mostra, que ocupa todo o salão térreo do Mamam.

A exposição vai até dia 22 de maio deste ano e tem entrada gratuita. O Mamam fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista, no Recife.