Crítica: The Walkmen | Heaven

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A ERA DA CALMARIA
Agradável e emotivo, The Walkmen expressa a fase de tranquilidade relativa por meio do folk

Por Juliana Dias

[Recomendado]

Violão, guitarra, piano e uma fase mais folk: Heaven, do Walkmen, remete exatamente ao que o nome do álbum diz e busca a calma, a tranquilidade e sentimentos simples, de afeto e amor. Parece um grupo mais satisfeito e modestamente feliz, reflexo da vida dos próprios integrantes, mais estabilizados, (alguns casados) e que continuam a buscar o equilíbrio na vida.

Depois de dois primeiros álbuns explosivos, eles continuam a expressar emoções de um jeito transparente. Eles possuem uma história, e parecem querer lançar uma nova fase por meio de Heaven.

O álbum começa com “We Can’t Be The Beat”. A segunda faixa, “Heartbraker”, canta: “I have no secrets”, que pode resumir a proposta da banda de ser um folk agradável. Ele divide-se entre letras sinceras e faixas como “Line by Line”, que explora mais o instrumental. Mas na lista também existem variações: “Song for Leigh” aposta em uma balada, enquanto Nightingales é mais agitada. “Southern Heart” é uma das mais calmas junto a “Jerry Jr.’S Tune”.

A faixa com o nome do disco, “Heaven”, fala um pouco do futuro que eles esperam, resultado das decisões que foram tomadas há pouco tempo: “Our children will always hear the romantic tale of distant years” (Nossas crianças sempre irão ouvir os contos românticos dos anos distantes). O álbum encerra com “Dreambot” e a repetição do “The irony ain’t lost on me, oh, no, no, no, no, no” (A ironia não se perdeu em mim, não), bem melancólico. Ela resume que o céu pode ser um bom lugar, mas também uma estranha acomodação, por vezes divertida e, na maior parte das vezes, irônica, igual à história da própria banda.

Thewalkmen heavenTHE WALKMEN
Heaven
[Fat Possum, 2012]

Nota: 8,2