Crítica: Sigur Rós | Valtari

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Islandeses do Sigur Rós retornam ao básico em novo disco

O sexto disco de estúdio do Sigur Rós chega com uma proposta multimídia e artística ousada, que envolve além de música, uma série de videoclipes experimentais dirigidos por cineastas de renome, desenhos de Lilja e Inga Birgisdóttir, irmãos do vocalista Jónsi, tudo interligado como algo coeso. Valtari é também o mais eletrônico disco da banda, mas ainda predomina o piano, a atmosfera de melancolia e, claro, muito drama.

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Os vocais em falsete, no melhor estilo “canto de baleia” estão de volta depois da aposta no indie-rock que caracterizou o último álbum de estúdio Með suð í eyrum við spilum endalaust (2008). Ao retornar o que sempre soube fazer de melhor, o Sigur Rós não entregou um trabalho que superasse seus melhores momentos, mas ainda assim fez um álbum memorável.

Faixas como “Varúð”, que vai crescendo em entonação, mostra que a banda ainda sabe como atacar com emoção, cantando em um idioma que quase ninguém no mundo entende. Outros destaques ficam com “Ekki Múkk”, primeira faixa a ser divulgada e “Ég Anda”.

Neste retorno ao básico, Valtari também trouxe para esses islandeses a primeira aparição no Top 10 de vendagem da Billboard, alcançando a sétima posição. Nada mal para um grupo conhecido por não fazer consessões e se manter fiel às raízes de seu gelado país. [PF]

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Valtari
[Parlophone, 2012]

Nota: 7,0

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