Crítica: Sigur Rós | Keivkur

sigurros
Foto: Ryan McGinley
Foto: Ryan McGinley

Sigur Rós versao peso

Os islandeses do Sigur Rós são prolíficos, todos sabemos. Mas isso não significa uma arrefecimento de sua capacidade criativa, mesmo depois de inundar o noticiário pop do ano passado com sua série de clipes experimentais. Depois de um álbum mais pop, Valtari, a banda retoma o tom mais etéreo neste Keivkur, agora adicionando mais peso, um namoro não muito firme com o metal. Enquanto “Hrafntinna” faz a ponte com o início, de trabalhos como ( ) (2002), a faixa de abertura “Brennisteinn” traz distorção, um contraponto à estética fofinha que o mundo se acostumou desses islandeses.

A faixa-título chama atenção pelo uso de bateria bem marcada e riffs de guitarras querendo aparecer mais que o vocal, praticamente um power trio tradicional. Não estranhe: mesmo com o peso, a banda segue a mesma matriz que fez sua fama, incluindo aí o vocal bem característico de Jonsi, cheio de falsetos, mas agora menos agudo e as letras em islandês. Essa roupagem nova da banda é uma grata surpresa.[Paulo Floro]

sigurrosSIGUR RÓS
Keivkur
[XL, 2013]

Nota: 8,0

Ouça o álbum: