Crítica: Qinho | O Tempo Soa

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Carioca é destaque este ano na música pop brasileira com disco cheio de fofura

O segundo álbum de Marcos Coelho Coutinho, o Qinho, conseguiu ultrapassar o alcance da nova cena musical carioca para chegar a mais ouvintes no Brasil inteiro. Congregando diversos elementos de cânones da MPB, este O Tempo Soa possui faixas que poderiam muito bem ocupar o dial das FMs, com canções que falam majoritariamente de amor e relacionamento.

Todas as faixas foram criadas por ele e chegam carregadas de certa candura, corroborando sua fama de “garoto sensível”. Mas, o romantismo do cantor traz mais surpresas do que uma evidente fofura. Há momentos de um pop dançante, como “Irmã Forte” e “Morena”, que pode assustar ouvidos indies com a chegada de Elba Ramalho em uma colaboração. Outra participação é Mart’Nália em “Segredinho”. Ao lado de “Macia Bahia” e da faixa-título, a primeira metade do CD parece ser feita para tocar nas rádios de faixas amenas, do tipo Nova Brasil e congêneres (o que não é nenhum demérito, pelo contrário).

Fincando o pé em um estilo já iniciado por muitos nomes da música brasileira recente – e sem muitas novidades – ele consegue imprimir personalidade. Registro fofo, Qinho é um nome que merece um público bem maio, para o qual dialoga. [Paulo Floro]

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O Tempo Soa
[Oi Música, 2012]

Nota: 7,4

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