Crítica: Os Capitães da Areia | O Verão Eterno D’Os Capitães da Areia

Cap Areia por Pedro Portela 101 II

Uma explosão colorida da pop cantada em português com os dois pés assentes em raízes lisboetas

Da colaboração da Revista O Grito!, em Lisboa

O álbum de estreia d´Os Capitães da Areia oferece um vislumbre de uma banda ao vivo em estúdio. Não lhe falta um sucesso, “Dezassete Anos”, mas a “irreverência pop ao virar da esquina” de “Brincos De Cereja” é merecedora de aplausos e mais atenção radiofónica. O lado solarengo das canções está vincado no disco e momentos pautados por canções mais afirmativas,“Senhora Das Indecisões”, ou com um travo de fim de festa, “Verão Eterno”, conferem um bom encadeamento sonoro e lírico ao trabalho. A produção de Manuel Fúria optou, e bem, por dar relevo às coordenadas pop da banda e pontualmente inserir arranjos mais contidos. Na torrente de temas, em que se procura fazer sobressaír o lado mais tropical do fado, seria injusto esquecer a radiante verve oitentista de “Amor Exige Propaganda”. E é por entre sintetizadores e guitarras que Capitão Pedro procura avaliar e descongelar mentes lisboetas alheias ao sol: “As raparigas da minha idade andam tão longe da verdade, desligam a telefonia quando toca a alegria”. [Pedro Salgado]

O Verão Eterno dOs Capitães da Areia altaOS CAPITÃES DA AREIA
O Verão Eterno D’Os Capitães da Areia
[Amor Fúria, 2011]

Nota: 8.0

Foto: Pedro Portela