Crítica: Nas | Life Is Good

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Com disco cheio de saudade, rapper Nas encontra rumo certo

O rapper Nas (nascido Nasir Bin Olu Dara Jones) conseguiu fazer emergir do rap comercial uma proposta autoral e criativa que grita para a indústria que ainda há muito a se experimentar e ousar – o mesmo faz Jay Z e Kanye West com um repercussão ainda maior. Neste álbum, Nas quis trabalhar com a nostalgia do Hip Hop, R&B e soul indo buscar referências nos anos 1980.

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Escute a música em parceria com Amy Winehouse

É possível perceber samples de Run DMC, Isaac Hayes, Super Cats, orquestras, teclados safados e alguma malemolência (maravilhoso o saxofone em “Stay”). Nas composições, o músico nem insiste em nada controverso, baseando as letras em um discurso emocional sobre seu passado, seus relacionamentos e exercício de nostalgia sobre um tempo que não viveu. Nesse processo memoralístico incluímos também a colaboração póstuma com Amy Winehouse na faixa “Cherry Wine”. A principal contribuição para o texto, no entanto, foi o fim da relação com a cantora Kelis.

Curiosamente, essa busca ao passado foi o que colocou Nas em contato maior com o melhor do Hip Hop contemporâneo. Depois da experiência desastrada de apostar no reggae no disco anterior, Distant Relatives, ele parece ter encontrado o caminho certo entre sua turma. [Paulo Floro]

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Life is Good
[Def Jam, 2012]

Nota: 7,2

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