Crítica: Foals | Holy Water

foals2
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Novo disco reforça o interesse do Foals em se tornarem gigantes
Toda banda tem um projeto a longo prazo. Os britânicos do Foals devem sonhar um dia serem grandes como Muse ou Coldplay (ou até U2). É isso que parece ficar claro em Holy Water, terceiro álbum do grupo e o mais sofisticado e apelativo (no bom sentido) às massas já feito por eles. Tudo parece tão bem encaixado e certeiro que fica óbvia a intenção de falar com uma grande audiência, bem distante (mas, distante mesmo) dos que acompanham o cenário alternativo.

Produzido por Flood e Alan Moulder, especialistas em trablhos arrasa-quarteirões, o disco traz um refinamento da fórmula roqueira encontrada pela banda e adiciona grandiosidade. O resultado são faixas com apelo radiofônico e que devem funcionar bem em estádios (o show deles no Lollapalooza, no Brasil, foi elogiado). Essa tal maturidade encontrada por esses britânicos também tem pontos negativos. Uma delas é a saudade por algum experimentalismo sempre buscado nos dois álbuns passados.

Será um desafio crescer e manter alguma ousadia e não cair na armadilha do homogêneo “rock de arena”. Holy Fire é um disco que se destaca pelo tom épico e tem como faixa mais representativa “Inhaler”, hit que mostra como o Foals se transformou em uma banda muito marcada pela técnica, de um rock quase matemático. E isso pode ser um elogio, no caso deles.

foals2FOALS
Holy Fire
[Warner, 2013]
Preço: R$ 34,90

Nota: 7,5