Crítica: Ed Sheeran | +

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EU SEI QUE VOCÊ VAI ME AMAR
Novo ídolo britânico, Ed Sheeran vem da mesma fábrica que fabrica ídolos pop em modo de produção

Imagina uma fábrica gigante que e esconde nos grotões gelados da Grã-Bretanha. Deve ser de lá que saem cantores como Ed Sheeran, de apenas 21 anos. E seu caminho é previsível e certeiro: as paradas de sucesso. Não se sabem de que receita são formados, mas esses artistas apresentam quase que o mesmo DNA, saem do mesmo caldo criativo formado por uma pitadinha de folk, refrões emprestados dos anos 1990 e um tantinho de Rap (mas, bem de leve e com letras fofinhas).

Essa estreia de Ed Sheeran remete a tantas coisas que muitos ouvidos terão dificuldade em reconhecê-lo: a confusão pode ser com Damien Rice, James Morrison, e congêneres. Seu foco puramente na vendagem de singles pode acertar em cheio no coração das adolescentes. As composições ainda que trafeguem em um conservadorismo pop gritante, são tão bem acabadas que todas as faixas do disco poderiam ser músicas de trabalho. A exemplo de “Small Bump” e “Grade 8”, só para citar duas aleatórias.

Com suas baladas e rockzinhos comedidos, Ed Sheeran já tem um público certo. Enquanto isso, longe desse mundo encantado, artistas como Grimes vão experimentand novas direções para o pop. Ao menos há espaço para tudo. [Paulo Floro]

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[Elektra/Warner, 2012]

Nota: 4,6